Este Blog é destinado à população em geral, com cariz meramente informativo relativamente a diversos temas de interesse público.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Para Pensar...


"No fundo do poço as ruínas rejuvenecem incendiadas pelo fogo da esperança de alcançar o impensável para todos, mas o possível para nós..."
Frase de: Diana Gomes

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

DEPRESSÃO - Saiba detectar os sinais


Ter sentimentos depressivos é comum, sobretudo após experiências ou situações que nos afectam de forma negativa. Se os sintomas perduram por mais de duas semanas consecutivas, pense em procurar ajuda.


A depressão encontra-se reconhecida no Plano Nacional de Saúde 2000-2010 como um problema primordial de saúde pública, ou não fosse ela a principal causa de perda de auto-estima, iniciativa pessoal e profissional e, consequentemente, um decréscimo da qualidade de vida. Os "custos" sociais da doença são muito elevados. Afecta pessoas de todas as idades, desde a infância até à terceira idade, com mais prevalência nas mulheres (4,5 a 9,3 por cento) comparativamente aos homens (2,3 a 3,2 por cento). Se não for devidamente tratada, pode conduzir a graves situações de desequilíbrio psicológico e, no limite, ao suicídio. Estima-se que a depressão esteja associada à perda de 850 mil vidas por ano, mais de 1200 mortes em Portugal. "Muitas vezes surge com sintomas camuflados e nem sempre com sintomas emocionais", alerta José Matos, psiquiatra do Hospital dos Capuchos, em Lisboa.

Com os avanços científicos já existem antidepressivos que aliam a eficácia com a (quase) inexistência de efeitos secundários, os chamados inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRS). "A dose e a escolha do antidepressivo tem que ver com o perfil do doente que temos", considera José Matos. António Albuquerque afirma que "ao longo dos últimos anos têm vindo a mostrar-se progressivamente mais específicos. Estes medicamentos, como o escitalopran, actuam no sistema serotoninérgico do cérebro aumentando o nível de serotonina. É de facto uma escolha antidepressiva de enorme eficácia e segurança", acrescentando que "os benefícios têm vindo a revelar-se de grande extensão no que diz respeito, sobretudo, ao largo espectro de fenómenos depressivos que ele neutraliza, à comodidade de administração, à ausência de efeitos colaterais na maioria dos casos clínicos, atributos estes que têm condicionado uma boa adesão por parte dos doentes em tratamento". Também José Matos concorda com António Albuquerque, considerando "o inibidor selectivo da recaptação da serotonina, escitalopran uma boa escolha. É o que menos interfere na sexualidade (um dos efeitos secundários), tem poucos efeitos secundários, um curto efeito de latência para actuar - permite a adesão ao tratamento - e não necessita de descontinuação (o chamado desmame)".



SINAIS DE ALARME


As pessoas não devem confundir depressão com estados de tristeza. "Os sintomas são semelhantes - apatia, isolamento, choro, insónias - mas têm de ter a duração consecutiva de duas semanas para que possamos dizer que estamos perante um estado depressivo, pois a tristeza não dura com toda a certeza duas semanas" aconselha António Albuquerque, psiquiatra e director de serviço do Hospital Júlio de Matos.


Atenção a todos os que indiquem uma transformação comportamental:



  • Desinteresse

  • Insónia

  • Anorexia ou emagrecimento extremo

  • Fadiga

  • Dificuldades de concentração e memória

  • Redução da libido sexual


Baseado em Texto de: CÉLIA FIGUEIREDO



terça-feira, 18 de novembro de 2008

Por que caíram as torres?


Foi por causa dos aviões que o World Trade Center caiu? Passaram sete anos desde a tragédia, mas devem ser necessários outros tantos para termos a resposta.


Cientistas citados pela agência Graphic News acreditam já saber como foi possível que o World Trade Center caísse apenas com o impacto de dois aviões comerciais. Alterações moleculares na estrutura terão causado a fragilidade que o levou a não resistir. Um recente relatório do National Institute of Standards and Technology dos EUA também procura respostas. Por que é que o edifício WTC7, que não foi atingido por nenhum avião, caiu? Por causa de incêndios fora de controlo, que provocaram um aumento de temperatura intenso e prolongado que fez a estrutura ruir. Os destroços de uma das torres terão incendiado parte do WTC7, um arranha-céus que ficava a uma distância equivalente a um campo de futebol... Shyam Sunder, investigador principal da equipa, admitiu: "É a primeira vez que temos conhecimento de um edifício com mais de 15 andares (47, neste caso) que cai, basicamente, devido a incêndios." No site Bay Area Indy Media, um artigo cita uma associação mundial de estrangeiros e arquitectos: o relatorio é "contrário a todas as provas históricas, visuais e físicas". O arquitecto Richard Gage afirma que "os nossos engenheiros estão a preparar uma resposta técnica. Na história dos edifícios com estrutura de metal, nenhum arranha-céus caiu por causa de fogos. Mesmo com incêndios mais quentes, espalhados e prolongados". O engenheiro de estruturas Kaml Obeid concorda. "Nada disto esclarece porque é que a destruição do WTC7 e das Torres Gémeas foi tão rápida, simétrica e produziu tanto betão pulverizado. O fogo em arranha-céus com estrutura de aço não pode levar a que caiam como castelos de cartas. Os incêndios só atingiram os pisos superiores, e apenas arderam durante três anos."


ALTERAÇÃO MOLECULAR DESTRUIU WORLD TRADE CENTER


Cientistas descobriram que o World Trade Center caiu depois do ataque terrorista do 11 de Setembro (2001) por causa de uma até agora desconhecida alteração molecular na estrutura de aço. Flutuações magnéticas ao nível do átomos causaram alterações fundamentais na força de aço.


AÇO TEM DUAS ESTRUTURAS PRINCIPAIS DE CRISTAL


1. Aço-alfa: Magnético, rígido e estável. O aço fica mais mole e perde força acima dos 500º - não derretendo.


Carbono retirado dentro de uma estrutura de cristal reforça o aço.


Núcleo estrutural feito de aço com percentagens baixas de carbono.



2. 500-911ºC: Propriedades magnéticas das moléculas do aço mudam


Aço-gama: Átomos de carbono dissolvem-se facilmente dentro e fora da estrutura de cristal.



3. Aço-gama: Não magnético, mole e maleável. A transição do aço-alfa para aço-gama começa acima dos 500º. As alterações causam amolecimento e colapso da estrutura de aço.



Baseado em Texto de: VASCO VENTURA




segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Perdeu o interesse?


Chega a casa e encontra uma surpresa sexualmente atractiva à sua espera, mas a verdade é que não sente desejo de pactuar. Descubra porquê e combata esse desinteresse.


Agora que se sabe quais os motivos que levaram Madonna e Guy Ritchie ao divórcio (falta de sexo), muito se tem falado sobre o tema. O desinteresse surgiu quando a cantora alargou para quatro horas o treino no ginásio, o que originou 18 meses de abstinência sexual, ou quase, porque quando acontecia, o realizador queixava-se de ser o mesmo que "abraçar um pedaço de cartilagem". Afinal, tinha de cumprir o contrato que assinou no dia em que se casou com a diva (ver abaixo).

Este é apenas um caso, pois existem inúmeros e razões completamente distintas para tal acontecer. Mas o mesmo não obriga a um divórcio ou até a um afastamento temporário. Conheça as várias soluções que pode você mesmo experimentar.

Os problemas de falta de desejo são muitas vezes externos ao casal. O cansaço e o excesso de trabalho estão no topo das queixas, bem como os horários distintos. Algumas pessoas conseguem lidar com o problema de forma a que não haja grandes alterações no relacionamento com a "cara-metade", apesar de sentirem o desejo diminuído, acabam por fazê-lo mesmo assim. E essa frieza leva a comentários idênticos ao de Guy Ritchie. Mas se o realizador ainda conseguia, por vezes, convencer a musculada artista a dar-lhe prazer, ainda que pouco...Há casos bem piores, em que não conseguem persuadir de forma alguma o/a companheiro/a, o que leva, na maioria dos casos, a uma enorme frustração.

Por outro lado, se sente que os motivos são internos, antes de reagir tente interpretar a razão pela qual surgiu esse sentimento. Não significa que não lhe esteja a dar prazer suficiente, que tenha arranjado outra pessoa, ou até que o problema seja seu. Tentem encontrar uma solução em conjunto, na qual os dois concordem e se sintam mais felizes. É importante que o casal se excite. No homem geralmente acontece de forma visual e espontânea, já na mulher é mais contextual e psicológica. A excitação é um processo, regularmente, gradual, mas que por vezes, pode não acontecer no "momento certo" para ambos... Tente ser compreensível.

Mesmo não querendo aceitar o desgaste da relação sexual, não existe melhor maneira de contrapor que usando a imaginação. Em vez de fazê-lo na cama, saia de casa, ainda que seja no vão da escada, já vale a pena. Mude de posição. Utilize jogos de sedução. Demonstre que para si é importante ter relações sexuais com mais frequência e encontrem actividades que vos dêem prazer e que ao mesmo tempo vos descontraiam, como ir ao cinema, tomar banhos de imersão, jantares românticos ou simplesmente passeios de fim-de-semana, em que o final seja surpreendente... Atreva-se a arriscar! E conversem. Não seja cruel, mas diga-lhe o que sente e que precisa de mais entrega. Se a falta de desejo perdurar é aconselhável procurarem um especialista que "receite" o método mais indicado para que possam ter de novo uma vida sexual activa.



SEXO OBRIGATÓRIO!


Encontrar a "receita" perfeita, é impossível. Madonna ao que parece tentou estabelecer regras e após oito anos de casamento, a chama apagou-se. A rainha da pop fez com que o companheiro Guy Ritchie assina-se um contrato com algumas cláusulas, entre as quais, um número mínimo de vezes para os dois praticarem sexo e um esforço por parte do realizador para enriquecer o bem-estar emocional e espiritual da cantora... Apesar de o ter assinado, não foi cumprido...



Baseado em Texto de: ELSA ALVES

domingo, 16 de novembro de 2008

A Nova Casa de OBAMA


Obama é o primeiro afro-americano, Teddy Roosevelt foi o primeiro a andar de carro. E o outro Roosevelt - Franklin - foi o primeiro a entrar num avião.


Quem foi primeiro presidente norte-americano a quem foi tirada uma fotografia? James Polk, que governou os EUA entre 1845 e 1849. E, claro, toda a gente sabe quem vai ser o primeiro afro-americano a mandar na Casa Branca... Mas será que conhecem também o nome do primeiro líder daquele país que andou de automóvel? E que saiu da sua nação, mais concretamente para visitar o Panamá? A resposta é... Theodore Roosevelt (no poder de 1901 a 1909). O seu "homónimo", Franklin Roosevelt (mandatos de 1913 a 1945) foi, por sua vez, o primeiro a andar de avião.

Hoje, o nº 1600 da Avenida da Pensilvânia é um dos lugares mais modernos e equipados do Planeta, a todos os níveis possíveis e imagináveis. Com cinco chefes de cozinha a tempo inteiro, é capaz de dar jantar a 140 convivas ao mesmo tempo, e aperitivos a mais de 1000. E é tão grande que são necessários 2100 litros de tinta para cobrir toda a sua superfície externa.

Mas antes das eleições inovadoras e emocionantes do passado dia 4, outros pequenos acontecimentos, de importância discutível mas curiosos, marcaram a história da Casa Branca. A primeira primeira-dama a assumir o "cargo" depois de dar aulas a crianças deficientes auditivas, por exemplo, foi Grace Anna Godhue Coolidge. Ou seja, a mulher de Calvin Coolidge, cuja presidência terminou em 1929. E esta não foi a única primeira-dama a ter um pequeno mas relevante papel nos percalços e atribulações do passado. Em 1812, foi Dolley Payne Todd Madison quem salvou um precioso quadro de George Washington de ser destruído pelos soldados britânicos, durante a guerra. Ela era a mulher de James Madison.

E o que dizer de Edith Roosevelt, que ocupa a mesma "cadeira" na viragem do século? Casada com Theodore Roosevelt, geria as lides domésticas da Casa Branca ao mesmo tempo que tomava conta de seis crianças. Conhecia o futuro marido desde a infância. Era companheira de brincadeiras da irmã dele, Corinne. Mesmo assim, muitas voltas deu a vida até que Teddy e Edith unissem definitivamente os seus destinos. Antes disso, ele ainda foi casado com Alice Hathaway (o enlace aconteceu em 1880). Pouco depois, era já um jovem viúvo, com uma filha, também chamada Alice.

Casaram-se em Londres, em 1886. Nos anos seguintes, nasceram rapidamente Theodore, Kemit, Ethel, Archibald e Quentin.

Foi uma tragédia que levou os Roosevelt à Casa Branca, 11 dias depois do assassinato a tiro do presidente McKinley. Teddy, por sua vez, morreu em 1919, anos depois de uma presidência em que a residência oficial foi o centro de toda a vida social relevante.

Quase nove décadas depois, é tempo de fazer história de novo. Mas quando Obama, Michelle, Malia e Sasha entrarem no seu futuro lar, a 20 de Janeiro, vão ter uma primeira e longa tarefa. Conhecer todos os seus cantos e descobrir alguns dos acontecimentos que, entre aquelas paredes, marcaram a vida do país ao longo dos últimos dois séculos.


QUANTAS SALAS PARA UM PRESIDENTE?


O plano de 1791 para a nova cidade de Washington, de Pierre Charles L'Enfant, previa um vasto palácio presidencial. Mas Charles foi despedido e o espaço acabou por ser projectado por um concorrente. Com a construção supervisionada por George Washington, a Mansão Executiva foi depois ocupada por John Adams - em 1800. Torna-se conhecida por Casa Branca, nome que adopta formalmente em 1901, com Theodore Roosevelt.


ALA OCIDENTAL


Gabinetes construídos em 1902 por 65 mil dólares.


Nível Superior


Assistentes presidenciais de economia, comunicações, política interna, assuntos legais e redacção de discursos.


Nível do Solo



  1. Consultor de Segurança Nacional

  2. Vice-Presidente

  3. Chefe de Gabinete

  4. Sala Roosevelt - Sala de Conferências

  5. Sala de Jantar - Nível Inferior: Segurança Nacional; Sala de Emergência

  6. Sala Oval - Gabinete Presidencial


RESIDÊNCIA EXECUTIVA


Arquitecto: James Hoban, 1792.


132 quartos Custo: 230 mil dólares


Níveis Residênciais:


7. Sala Oval Amarela - Biblioteca


8. Sala de Estar - Para uso pessoal do Presidente e da primeira-dama


9. Sala Principal


10. Vestíbulo - Usado por Roosevelt como quarto


11. Sala dos Tratados - Escritório do Presidente


Coluna Ocidental:


12. Sala de Jantar de Estado


13. Sala Vermelha


14. Sala Azul - Usada para Recepções Formais


15. Sala de Recepção Diplomática


16. Sala Verde - Guarda a primeira Declaração de Guerra dos EUA, assinada por James Madison em 1812


17. Sala da China


18. Sala Escarlate


19. Sala de Mapas


20. ALA LESTE - Entrada dos Visitantes; Escritório da primeira-dama


21. Sala Leste - Recebe principais funções do Governo


22. Sala de Estar Lincoln


23. Quarto da Rainha; Sala de Estar


24. Quarto de Lincoln quarto de hóspedes


25. Solário



A "PRIMEIRA FAMÍLIA"


FILHAS DE OBAMA



  • Malia - 10 anos

  • Sasha - 7 anos

  • As pequenas são as ocupantes mais jovens da Casa Branca desde 1977

  • Como anunciou no discurso da vitória, Obama vai permitir finalmente às filhas que tenham o há muito desejado cachorro

  • Futura escola das meninas - pais estão divididos entre a Georgetown Day School e o Colégio Sidewell Friends (o de Chelsea Clinton)

MICHELLE OBAMA - 44 anos



  • Foi criada num apartamento que só tinha um quarto

  • Aos quatro anos já lia; saltou a segunda classe. Fez parte de uma turma de sobredotados

MARIAN ROBINSON


Mãe de Michelle



  • Vai mudar-se para a Casa Branca para ajudar a educar as netas e tomar conta delas

DESPORTO



  • Na Casa Branca, o primeiro presidente afro-americano dos EUA deverá continuar a fazer desporto regularmente. Atlético, o sucessor de Bush tem sido fotografado repetidamente a jogar basquete ou a sair do ginásio

APOIANTES DE OBAMA


Possíveis convidados frequentes da futura presidência:



  • Oprah Winfrey

  • Brad Pitt

  • Angelina Jolie

  • George Clooney


Baseado em Texto de: VASCO VENTURA




sábado, 15 de novembro de 2008

Pré-Publicação - UMA VIDA NORMAL







"Eu nasci com oito meses antes do tempo e sem que nada o fizesse prever. Na manhã do dia 29 de Outubro de 1981, a minha mãe estava a caminho de uma consulta e de um raio X em Coimbra quando lhe rebentaram as águas.
Até aí tudo corria normalmente. Não faziam ideia de que vinha aqui um rebento de soja.
Como nasci de cesariana, acabou por ser a minha madrinha, que conhecia muitos médicos na maternidade, a receber a notícia. Foi a primeira pessoa da família a ver-me e teve a dolorosa tarefa de contar aos meus avós, ao meu pai e à minha mãe.
O que terá pensado cada uma das pessoas da minha família quando soube? Acho que passou pela cabeça de todos que, se calhar, o melhor era eu não ter nascido. É perfeitamente normal. É como quando alguém está em coma e os médicos dizem “quando recuperar, se recuperar, não terá mais do que cinco por cento das capacidades cerebrais”. O que é que se pensa? Que, se calhar, mais vale morrer.
Quando a minha mãe acordou da anestesia, a minha madrinha aproximou-se dela e disse-lhe:
- Clara, o teu filho não é igual aos outros meninos, houve um problema. Se não estiveres preparada para o ver, eu não vou buscá-lo já.
- O que é que se passa com o bebé?
A minha madrinha não conseguiu encontrar palavras para responder àquela pergunta. Foi ao berçário, pegou em mim e perguntou à minha mãe se queria mudar-me a fralda. Eu vinha embrulhado numa manta e, quando me destapou, a minha mãe olhou para mim e – talvez ainda meio anestesiada – o primeiro comentário que fez foi:
- Se fosse na cabeça era pior não era?
Ficou apática, sem conseguir reagir, mas foi a pessoa que melhor encarnou a situação. O que o meu pai sentiu naquele momento e o que pensou sobre tudo o que estava a acontecer permanece até hoje um mistério. Nunca fez um comentário. Mesmo quando a minha mãe o encontrava a chorar, era incapaz de desabafar. Mas também nunca me rejeitou.
O meu avô diz que teve vontade de desaparecer. Durante quatro ou cinco dias, não conseguiu aproximar-se. Na véspera da minha saída da maternidade, ganhou finalmente a coragem e foi ver-me. Conta a minha mãe que durante esses primeiros minutos se manteve calado, sem dizer uma única palavra, sem conseguir olhar para mim, e sem reagir a nenhuma das inúmeras tentativas da minha mãe para quebrar o gelo e o silêncio. Mas o meu avô acabaria por ser a primeira pessoa para quem eu sorri. Conquistei-o irremediavelmente. Nunca mais me largou.
Com o passar dos dias, o desespero e a revolta começaram a esbater-se e a dar lugar ao amor. A minha avó conta que, ao fim da primeira semana, já não me “achava defeito” , que eu era tão lindo que parecia de cera. Não era eu que mudava, mas sim o olhar dos outros.
Na Bissaya Barreto tinha havido, anos antes, uma situação parecida com a minha. Nesse caso, a malformação tinha sido provocada pela talidomida, um princípio activo de um medicamento que, anos antes, era utilizado para combater os enjoos e a ansiedade durante a gravidez. A minha mãe nunca tomou nada. Os meus pais fizeram exames e mais exames, mas nunca se percebeu porque razão eu tinha nascido assim. Durante muito tempo o fantasma da dúvida perseguiu a minha família, sobretudo a minha mãe, que também sofreu com as especulações que se fizeram em torno da gravidez.
Vi-a pela primeira vez numa fotografia tipo passe. Era muito bonita e chamava-se Maria João. A Lili tinha-lhe falado em mim, mas os relatos não eram acompanhados por imagens. Ao ouvir as histórias do rapaz sem mãos e sem pernas que fazia mil coisas, a rapariga simplesmente não acreditava e atribuía-as ao espírito fantasioso da amiga.
Foi no Inverno de 2006 que nos vimos pela primeira vez. Quando ela apareceu na pista de dança, eu já estava quente por causa das minis. Sabia que não ia conseguir dizer nada que pudesse impressioná-la mas, mesmo assim, ia tentar. Aproximei-me dela, ainda sem saber o que dizer ou fazer, mas arrisquei um “tenho pena de não saber dançar”. Naquele segundo ela acreditou em todas as histórias que ouvira. Perguntou-me se eu não estava a divertir-me, mas a conversa ficou por ali. No dia seguinte, tinha um jogo de futebol combinado e quis que a Maria João me visse a jogar sem próteses. Queria mostrar-me o mais possível para que não houvesse surpresas ou equívocos, e ela, que tinha só 20 anos, encarou tudo com uma naturalidade e uma maturidade que até a mim surpreenderam.
Beijámo-nos pela primeira vez numa festa de Carnaval. No fim-de-semana seguinte, pedi-lhe namoro e ela, apesar se estar a dormir, disse que sim. Ela era a tal. Sentíamo-nos tão próximos que a distância parecia agora insignificante. Nem pusemos a hipótese que o namoro não resultasse. A nossa intimidade cresceu depressa sem que a minha diferença fizesse diferença. Tornámo-nos também os melhores amigos, com uma cumplicidade intensa. Entre as minhas idas ao Algarve e as vindas da Maria João à Redinha, começamos a conhecer os amigos um do outro. Ela apresentava-me, e continua a fazê-lo, com a expressão de orgulho de quem apresenta um príncipe encantado. O que outros poderiam pensar quando, por exemplo, estávamos num sítio público sempre lhe passou ao lado, mas mesmo na maior inocência dos apaixonados, sabíamos que a reacção da família dela poderia ser um problema. Fomos adiando o momento.
Para testar a reacção dos pais, aproveitou o facto de eu ir a um programa da TVI para lhes falar de mim. No final do programa, estavam ambos rendidos à força demonstrada por aquele rapaz que lhes parecia um exemplo de vida, e ela nada acrescentou, convencida de que estava tudo bem encaminhado. Tínhamos começado a namorar em Fevereiro. Quando terminou o ano lectivo, os pais foram buscá-la a Faro. A Maria João decidiu contar-lhes.
A notícia caiu como uma bomba e fez mais estragos do que alguma vez poderíamos imaginar. Passámos um Verão de sofrimento. Ao contrário do que supunha, foi o pai que reagiu pior. Encarou o namoro da filha como se a tragédia se tivesse abatido sobre a família. Não aceitava de forma alguma que ela pudesse escolher um homem que, mais tarde ou mais cedo, se tornaria dependente dela.
Foi uma fase muito complicada para todos. Apesar de toda a pressão, a Maria João não dava sinais de fraqueza assim como o pai não cedia aos argumentos da filha apaixonada. À excepção de uma tia mais nova, inicialmente, ninguém da família apoiou. Achavam a história uma aberração. Um dia, à mesa, a avó paterna chegou a perguntar-lhe como é que teria coragem de dormir com um homem sem pernas, ao que a Maria João respondeu que, para aquilo que nós fazíamos, as pernas eram dispensáveis. Tinha medo que ela não aguentasse e desistisse de mim. Entrava em desespero por não poder fazer mais do que dizer-lhe que a amava. Sentia uma revolta que nunca tinha sentido antes e uma vontade enorme de lhes provar que estavam errados, de lhes mostrar que eu também merecia ter ao meu lado alguém que gostasse de mim. Nos piores momentos, pensava em raptá-la e fugir com ela. Mas quando estávamos juntos ao fim-de-semana, o movimento da Terra parava e percebíamos que valia a pena lutar pela melhor coisa que nos tinha acontecido.
A resistência tenaz da Maria João começou a dar frutos dois meses depois. Conheci a mãe, Fátima, e demo-nos logo bem. O pai, João, que se recusava a encontrar-se comigo, percebeu que não teria outra saída. Eu estava nervoso, mas tentei ser o mais natural possível. Passadas umas horas, à mesa do jantar, parecíamos amigos de longa data. Ainda hoje, não consigo perceber aquela mudança tão radical, que se operou num ápice. Hoje em dia, brincamos com o passado; temos uma excelente relação.
Por mais que nos tenha feito sofrer, aquele período fortaleceu os nossos laços e dissipou qualquer incerteza. O sonho de um dia ter a minha própria família e de ter filhos passou a ter mais sentido. Não gosto de pensar demasiado no futuro, mas não imagino nenhum futuro sem ela."


PAULO AZEVEDO

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Pense antes de comer


A Greenpeace alerta: Além do bacalhau, vários peixes vulgares à nossa mesa, como atum e pescada, estão em extinção.


Desde que chegou a Potugal através do site http://www.greenpeace.pt/, a mais famosa organização ambientalista do Mundo elegeu a defesa dos oceanos e, em particular, a luta contra os excessos da pesca como principal combate a travar no nosso país. A escolha tem bons motivos. Por um lado, a histórica ligação dos portugueses ao mar e à pesca, por outro, o facto de Portugal ter direitos de exploração sobre uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas da Europa - que vai da costa continental portuguesa aos mares da Madeira e Açores. Mas, principalmente, porque os portugueses são quem mais peixe come na Europa. Em média, cada português come 60 quilos de pescado por ano. E, a verdade é que, se comer peixe faz bem à saúde, o crescente consumo de pescado está a ameaçara sobrevivência de muitas espécies. Algumas são tão vulgares à nossa mesa que, possivelmente, nem nos passa pela cabeça que estão à beira da extinção. O caso do bacalhau é mais conhecido, mas há muitas outras espécies em risco. Por isso, a Greenpeace criou a Lista Vermelha dos Peixes, para alertar os portugueses para os perigos que correm um total de 14 espécies que, por enquanto, ainda encontramos facilmente nas peixarias ou secções de produtos congelados. Algumas espécies, como o camarão, não estão ameaçadas, mas os métodos utilizados na sua captura são tão agressivos que ameaçam a sobrevivência de outras com quem partilham habitat, e que caem nas mesmas redes, como tubarões e raias, também incluídos na lista. Peixes tão populares como a pescada, o atum, o espadarte, o linguado, solha e tamboril correm o risco de desaparecer do mar, algo que já aconteceu com o salmão, praticamente extinto na Natureza, sobrevivendo apenas em viveiros.

Entre as espécies que constam daLista Vermelha, abundam os peixes de profundidade (casos do peixe-espada-branco, tamboris, camarões, linguados e solhas) e predadores como tubarões, espadartes e atuns, capturados com recurso a métodos como redes de arrasto que, como o nome indica, arrastam tudo o que nada, danificando também os fundos oceânicos que, após a sua passagem se transformam em desertos, estéreis de vida.



SABOROSOS, MAS EM EXTINÇÃO


Vulgares à mesa, raros no mar...

Salientamos oito, mas, ao todo, são 14 as espécies de peixes que a Greenpeace alerta: são tão vulgares à nossa mesa como raras no mar.

Na lista encontra-se a popular pescada, o tamboril, o camarão, o salmão, o atum e, claro, o bacalhau. E, criá-los em viveiro levanta problemas graves. Por isso, o ideal é moderar o seu consumo...


PORQUÊ MODERAR O CONSUMO?


3/4 dos stocks de peixe mundiais estão sobre-explorados ou esgotados

88% dos stocks da UE são sobre-explorados

90% das populações de peixes predadores estão esgotadas

1% dos oceanos e mares do Mundo estão protegidos contra 11% de áreas protegidas em terra



1. Atum


Situação: Em perigo de extinção


Algumas espécies do Atlântico e Mediterrâneo já estão classificadas em risco de extinção.

Muito apreciada para conservas e agora para o sushi, é uma das espécies mais procuradas, sendo alvo de pesca ilegal (pirata).


Aquacultura:


Como o atum não se reproduz em cativeiro, os juvenis criados nos viveiros vieram do mar. Para engordar um quilo, um atum precisa comer 20 a 25 kg de outras espécies.


2. Bacalhau do Atlântico


Situação: Em perigo de extinção


À excepção dos stocks da Islândia e do Mar de Barents, todas as populações (Canadá e Atlântico Nordeste) estão sobre-explordas.

Em 1993, a pesca comercial foi proibida na Terra Nova. Desde então os stockes não recuperaram.


3. Camarão


Por cada quilo de camarão capturado, pelo menos dez quilos de outras espécies são atiradas ao mar, mortas ou moribundas.

27% do desperdício de peixe a nível global deve-se à pesca agressiva desta espécie, com redes de arrast que pescam tudo e destroem o fundo do mar.


4. Linguado Europeu e Solha Americana


Situação: Vulnerável


Tal como outras espécies que vivem no fundo do mar, são capturadas com redes de arrasto que pescam tudo indiscriminadamente.

70% das capturas são peixes de outras espécies. No mar da Irlanda e baía da Viscaia o stock de linguado está à beira da ruptura.


5. Peixe-espada-branco


Situação: Vulnerável


Espécie de crescimento lento, é muito vulnerável à pressão da pesca.

Nos Açores, a redução das populações da espécie levou a redução das cotas de pesca em 2005.

O método de captura de peixe-espada-branco é agressivo e associado à morte de várias espécies de tubarões e aves marinhas.


6. Pescada


Situação: Sobre-explorada


Desde 2004 que o investigadores recomendam a proibição da sua pesca no Atlântico para que os stocks recuperem.

Todos os stocks de pescada do Atlântico estão em risco de colapso.


7. Salmão


Situação: Em extinção na Natureza


Espécie muito apreciada, o salmão selvagem desapareceu da maioria das águas Norte-Americanas, Europeias e Báltico devido à sobrepesca.


Aquacultura:


O impacto da criação desta espécie em viveiro é significativo: São necessários 4 a 5 quilos de outros peixes para que um salmão engorde um quilo.


8. Tamboril


Situação: Esgotado em Portugal


De crescimento lento, as fêmeas só começam a reproduzir-se entre os 5 e os 11 anos.

Esgotado em águas espanholas e portuguesas devido à sobre-pesca, no Atlântico Oeste a situação ameaça repetir-se.



PORQUÊ MODERAR O CONSUMO?


Os portugueses são os que mais peixes consomem na UE (60 quilos per capita). A Greenpeace recomenda cinco medidas para reduzir o impacto luso nos recursos vivos dos oceanos.



  1. Comer menos peixe: Porque os oceanos não suportam um aumento desenfreado do consumo.

  2. Recusar o peixe miúdo: Consumir peixes juvenis é impedi-los de atingir a idade em que podem reproduzir-se. A sua venda é proibida e pode ser denunciada à ASAE.

  3. Preferir espécies europeias: Além de não privar populações longínquas dos seus recursos, o transporte até ao local de consumo gastará menos energia.

  4. Pesca selectiva é mais sustentável: Anzóis e redes artesanais são preferíveis às redes de arrasto que matam juvenis e espécies não comerciais.

  5. A aquacultura, será solução?: Muitas espécies criadas em viveiros são alimentadas à base de peixes pescados no mar. Para evitar este contrasenso, o ideal é consumir espécies herbívoras e mariscos criados de forma sustentável.

Baseado em Texto de: ANABELA PEREIRA FERNANDES




quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Premiar o disparate


A Coca-Cola é um espermicida eficaz. E o ciclo de fertilidade das strippers afecta a quantidade de gorjetas ganhas.



Todos o sabíamos mas a ciência veio finalmente prová-lo... arames, cordéis e cabelos reunidos em molhos acabarão por enredar-se em nós, aconteça o que acontecer. É uma das dez pseudodescobertas distinguidas este ano com o não muito honroso prémio IgNobel. Depois da atribuição dos galardões deste ano, na Universidade Harvard, ficamos a conhecer alguns outros factos igualmente irrelevantes. Por exemplo, que a Coca-Cola é um espermicida altamente eficaz. E que o ciclo de fertilidade das strippers afecta a sua capacidade para conseguir boas gorjetas. Mais importante e útil ainda: que as pulgas dos cães saltam bem mais alto que as dos gatos.

No dia da cerimónia, Toshiyuki Nakagaki e os seus colegas cantaram orgulhosamente o discurso de aceitação do prémio. Afinal, foram eles que conseguiram provar que as amibas se orientam em labirintos e conseguem resolver puzzles.

A crucial decisão sobre quem ganha os IgNobel cabe à revista de ciência e humor Annals of Improbable Research (Anais da Pesquisa Improvável, em http://improbable.com/)

Ver três cientistas japoneses a cantar um discurso numa cerimónia pode parecer um pouco bizarro. Mas o seu trabalho em torno das amibas, tal como todos os outros IgNobelizados, era absolutamente real, mesmo que muito disparatado. Foi editado numa publicação científica verdadeira, neste caso o prestigiado jornal Nature.

Charles Spence - da Universidade de Oxford - arrasou na área da Nutrição, mostrando que o sabor dos alimentos é afectado pelo facto de os ouvirmos ou não estalar. "Quando você está a comer Pringles, se modificarmos o som que elas fazem ao ser comidas, também alteramos a forma como lhe sabem: determinamos em que medida sabem a frescas ou a estaladiças", informou. E esclareceu ainda que "usamos o som de bacon a ser frito para afectar o paladar de gelados de bacon e ovo. Quando se passa esse ruído nos altifalantes de uma sala, o gelado vai saber mais a bacon do que se as pessoas estiverem a ouvir as galinhas de uma quinta".



PULGAS, ARMADILHOS E AMIBAS ORIENTADAS



Será ciência ou puro disparate? A lista dos premiados do IgNobel deixa-nos na mesma em relação a essa dúvida...




  • Economia: Geoffrey Miller, Joshua Tyber e Brent Jordan, por descobrirem que o ciclo de fertilidade das strippers afecta a sua capacidade para conseguir boas gorjetas.

  • Arqueologia: Astolfo Gomes de Mello Araújo e José Carlos Marcelino, por demonstrarem que os armadilhos (mamíferos desdentados da ordem dos tabus) podem revirar de pernas para o ar todo o conteúdo de um local de escavações arqueológicas.

  • Paz: O Comité Ético Federal Suiço de Biotecnologia Não Humana e os cidadãos da Suiça, por adoptarem o primeiro legal de que as plantas têm dignidade.

  • Química: Sheree Umpierre, Joseph Hill e Deborah Anderson, graças aos quais sabemos agora que a Coca-Cola é um eficaz espermicida (prémio partilhado com C.Y. Hong, C.C Shiel, P. Wu e B.N Chiang, que provaram o oposto).

  • Literatura: David Sims, pelo seu irado estudo Seu Filho da Mãe: Uma Exploração Narrativa da Experiência da Indignação dentro das Organizações

  • Nutrição: Massimiliano Zampini e Charles Spence, pelo seu estudo provando que a comida sabe melhor quando é estaladiça e faz barulho

  • Física: Dorian Raymer e Douglas Smith, por nos darem a certeza de que os molhos de cabelos, cordéis, arames ou quase qualquer outra coisa acabarão, inevitavelmente, por enrolar-se e formar nós.

  • Biologia: Marie-Christine Cadiergues, Christel Joubert e Michel Franc, por nos explicarem que as pulgas dos cães conseguem saltar mais alto que as dos gatos

  • Medicina: Dan Ariely, por revelar que a medicina falsa cara é mais eficaz que a medicina fraudulenta barata

  • Ciência Cognitiva: Toshiyuk Nakagaki, Hiroyasu Yamada, Ryo Kobayashi Atsushi Tero, Akio Ishiguro e Agota Toth, por tornarem claro que as amibas conseguem orientar-se em labirintos e resolver puzzles.


Baseado em Texto de: VASCO VENTURA



quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Magalhães para os mais crescidos


O portátil Magalhães tem uma nova versão para adultos, chamada Edição 60 Minutos: é o bé-á-bá da informática.


Depois de anunciados os computadores ultraportáteis Magalhães, para as crianças do 1º Ciclo de escolaridade, chega agora a vez de todos os consumidores não abrangidos pelo Programa E-Escolinhas poderem também ter acesso a este mini-notebook, incluindo os adultos.

A J.P Sá Couto lançou duas versões do Magalhães para o público em geral, num evento que levou várias centenas de compradores às lojas Fnac do Norteshopping e do Centro Colombo, que aguardaram mais de quatro horas para levar o novo portátil para casa.

A principal novidade deste Magalhães prende-se com a comercialização da Edição 60 Minutos, dirigida a adultos com pouca experiência informática, mas que desejam aprender o básico da utilização de um computador. Tecnicamente é uma máquina idêntica à versão para as crianças, mas, neste caso, o software infantil foi substituído por cinco programas para aprendizagem rápida de tarefas essenciais: - Introdução aos computadores...em 60 minutos; - Internet...em 60 minutos, - Excel...em 60 minutos; - Word...em 60 minutos.

Além desta nova edição para adultos, o Magalhães está também agora disponível para crianças não contempladas pelo Programa E-Escolinha, chamada Edição Descobrir. Este modelo também inclui um leque de programas infantis dirigidos para a aprendizagem e desenvolvimento de competências dos mais novos, com destaque para a Diciopédia e para uma escola virtual do 1º ciclo.

O preço de ambas as versões é de 285 euros.



AS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO MAGALHÃES



  • Processador Intel Celeron a 900 MHz ou Atom a 1,6 MHz

  • 1 GB de memória

  • Disco rígido com 30 GB

  • Ecrã com 9" e resolução de 1024_600 pixels

  • Wi-Fi 802.11 b/g para ligações sem fios

  • Porta RJ-45 para ligações à rede com fios

  • WebCam

  • Colunas de som

  • Microfone incorporado

  • Portas USB: 2

  • Leitor de cartões de memória SD

  • Bateria com autonomia estimada de 3 horas

  • Resistência ao choque e água

  • Peso: 1,4kg

EDIÇÃO 60 MINUTOS



  • Introdução aos computadores...em 60 minutos

  • Internet... em 60 minutos

  • Excel...em 60 minutos

  • Word...em 60 minutos

O SOFTWARE DO MAGALHÃES


Comum a ambas as edições: MS Windows XP Home



  • MS Office Pro - Versão Trial

  • MS Media Player 11

  • MS Photo Story

  • MS Popfly

  • MS Virtual Earth

  • MS Internet Explorer 7

  • Live Mail

  • Live Messenger

  • Sky Drive

  • Kaspersky 7 JP Sa Couto

  • Magic Desktop

  • Diciopédia

EDIÇÃO DESCOBRIR



  • Escola Virtual 68 lições 1º ciclo

  • Descobrir, com Zito Mosquito

  • Descobrir, com Guida a Margarida

  • Adobe Reader 9

  • Manual Magalhães


Baseado em Texto de: PEDRO FREIRE ALVES





terça-feira, 11 de novembro de 2008

Casos de SIDA podem duplicar




"Os esforços desenvolvidos por algumas pessoas e ONG (Organizações não Governamentais) não estão a corresponder às expectativas. Faríamos um trabalho mais concreto e construiríamos muito mais esperança se houvesse uma enorme falta de apoios." Teresa D'Almeida, presidente da Associação Sol, que apoia crianças com Sida, acolhe assim a notícia de uma diminuição do número mundial de mortos pela imunodeficiência adquirida, divulgada durante a conferência internacional desta doença.



A dirigente admite que, na área da investigação, o trabalho realizado "é fantástico. Mas o trabalho de campo é esquecido. A informação, formação, prevenção e apoio estão muito longe das médias desejáveis".



Os números divulgados de crianças com Sida (pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida - CNIVS) "não são correctos. São quase menores do que aqueles que eu conheço sozinha, no trabalho que faço desde há 15 anos. Falta ajuda e notificação: as crianças são ensinadas a esconder que têm a doença e que são seus potenciais transmissores". E esses meninos e meninas "irão depois começar a sua vida sexual". As associações e médicos "pedem aos pais e às crianças para não dizerem que elas têm Sida". Assim, as taxas de infecção "vão duplicar".



As crianças "não sabem absolutamente nada sobre o assunto, e sobre a prevenção. Há um facilitismo enorme. Fala-se sempre numa diminuição do número de infectados, em novos tratamentos, vacinas. Com todo este facilitismo, receio muito o que possa acontecer."






MEDICAMENTO FACILITA VIDA



Há uma nova esperança. O Infarmed deu autorização aos hospitais nacionais para adquirirem um medicamento inovador - permite tratar a infecção com um único comprimido por dia, o que facilita a vida dos doentes: neste momento, têm de tomar dezenas diariamente. "Se for assim é fantástico, para que não tenham de ingerir tantos ao longo do dia e a meio da noite. As nossas crianças têm de utilizar medicamentos para adultos, com a dosagem feita pelos nossos técnicos de saúde: não existem versões para os doentes mais pequenos."


ÁFRICA TEM DOIS TERÇOS DOS INFECTADOS


Valores de 2007



  • Estados Unidos e Canadá: 1 300 000 - 21 000 mortes



  • Caraíbas: 230 000 - 11 000 mortes



  • América Latina: 1 600 000 - 58 000 mortes



  • Norte de África e Médio Oriente: 380 000 - 58 000 mortes



  • África Subsariana: 22 500 000 - 1 600 000 mortes



  • Ásia Meridional e Sudoeste Asiático: 22 500 000 - 1 600 000 mortes



  • Oceânia: 75 000 - 1400 mortes



  • Ásia Oriental: 800 000 - 92 000 mortes



  • Europa Oriental e Ásia Central: 1 600 000 - 150 000 mortes



  • Europa Central e Ocidental: 760 000 - 12 000 mortes



32 200 000 Infectados no Mundo em 2007




2 100 000 Mortos em todo o Planeta




Baseado em Texto de: VASCO VENTURA







segunda-feira, 10 de novembro de 2008

China ecológica para estrangeiro ver


Habituada a desperzar os recursos e as consequências da industrialização no ambiente e na saúde da população, a China viu-se obrigada a fazer uma limpeza radical.


No quadro do Protocolo de Quioto, devido ao seu estatuto de maior país em desenvolvimento a China (como a Índia e o Brasil) não está obrigada a reduzir as emissões de gases poluentes. Mas essa condição excepcional pode vir a ser alterada em breve. É que, segundo estudos internacionais, a República Popular da China ultrapassará os EUA e tornar-se-á na nação mais poluidora do Mundo em 2009!

O desenvolvimento económico chinês começou há apenas 20 anos. Hoje, a agricultura foi substituída por uma aceleradíssima industrialização do país. Não é só em metrópoles como Pequim ou Xangai que o smog tapa o sol e obriga os veículos a circularem de faróis acessos durante o dia. A China não vê o céu azul nem nas províncias rurais. A influência de ventos, cursos de água poluidos e lençóis freáticos contaminados enchem os terrenos agrícolas com metais pesados e desenvolvem enfermidades - sobretudo cancros e doenças respiratórias. Além disso, muitas regiões remotas do Império do Meio foram escolhidas por centenas de empresas multinacionais para instalarem as suas unidades de produção (muitas delas deslocalizadas da Europa ocidental e de países como Portugal). E isto não se deve apenas à mão de obra barata. O Governo chinês recebe os industriais com regras complacentes relativas a, por exemplo, ao despejo de resíduos venenosos para rios e lagos. Isto faz com que praticamente não haja água potável em todo o país.

O tão mediatizado bombardeamento das nuvens, dias antes da abertura dos Jogos Olímpicos, para evitar aguaceiros durante a cerimónia, é comum na China. Faz parte de um sistema de técnicas de modificação meteorológica que alimenta cursos de água, previne cheias, secas, geadas, inundações e incêndios. Envolve canhões, aviões, lança mísseis e é praticada desde os anos 50. Tem sido criticada por ambientalistas, sobretudo devido aos disparos de palhetas de iodeto de prata que, além de contribuírem para a degradação do ambiente, já atingiram, acidental e mortalmente, pelo menos uma pessoa.

O sinal de alerta foi dado com o início dos preparativos para os Jogos Olímpicos de 2008. As autoridades locais perceberam que era urgente mudar os hábitos de higiene básicos dos pequineses e aliviar a poluição sonora, visual e atmosférica da capital. As medidas adoptadas foram drásticas, para que os turistas pudessem respirar e os atletas competir.



PEQUIM TENTA PURIFICAR-SE


Numa corrida contra o tempo para combater a poluição crónica que afecta a cidade, o Governo chinês está a gastar quase 14 milhões de euros. Pequim tem 15 milhões de habitantes e mais de três milhões de carros.



REDUZIR AS EMISSÕES DE CO2


Transportes


  • Desde 20 de Julho, cada automóvel teve autorização para circular apenas em dias alternativos, conforme o número par ou ímpar da matrícula;

  • Houve 300 mil carros com grau elevado de emissão de CO2 proibidos de circular na cidade entre 1 de Julho e 20 de Setembro;

  • 47 mil táxis antigos e sete mil velhos autocarros foram banidos ou transformados de forma a reduzirem as emissões poluentes - responsáveis por 80% do dióxido de carbono que asfixia Pequim;

  • Foram introduzidos 3795 autocarros movidos a gás natural no sistema de transportes públicos da cidade;

  • O número de linhas do metro subterrâneo duplicou - são adora oito. Espera-se que esta nova rede possa transportar cinco milhões de passageiros por dia.

Parques



  • Nos últimos meses foram criados dezenas de parques urbanos (e trasplantadas centenas de árvores adultas), incluindo os 680 hectares que compõe a chamada "floresta olímpica".

Indústria



  • 15 200 fábricas foram obrigadas a suspender a laboração. 16 300 unidades alimentadas a caldeiras de carvão foram reconvertidas de forma a funcionar a gás natural. A meta foi reduzir algumas das 26 toneladas de carvão que a região Pequim consome todos os anos;

  • 145 cimenteiras, 506 oficinas auto e 357 lavandarias foram forçadas a fechar portas;

  • A Capital Stell, fabricante de aço e desde há muito a unidade industrial mais poluente de Pequim foi transferida para Quian'an;

  • 267 outras empresas de produção fabril variada receberam ordens para interromper a laboração a partir de 8 de Julho;

  • 40 fábricas em Tianjin permaneceram encerradas entre 25 de Julho e 20 de Setembro.

Construção



  • Existem, neste momento 100 milhões de metros quadrados de estaleiros de construção. Todas as obras foram obrigadas a tomar medidas de contenção de pó e entulho com lonas de protecção.

Ventos predominantemente de sul conduzem para Pequim o ar poluído de outras cidades. Este fica estagnado na metrópole por causa da cadeia montanhosa a norte. A província altamente industrializada de Hebei é responsável por 70% da poluição da capital chinesa.


AS CIDADES MAIS POLUÍDAS DO MUNDO


Medição do índice de partículas inaláveis de poluentes atmosféricos por metro cúbico



  • Cairo, Egipto: 169

  • Nova Deli, Índia: 150

  • Jacarta, Indonésia: 104

  • Pequim, China: 89

  • Istambul, Turquia: 55

  • Tóquio, Japão: 40

  • Rio de Janeiro, Brasil: 35

  • Los Angeles, USA: 34

  • Amesterdão, Holanda: 34

  • Milão, Itália: 30

  • Madrid, Espanha: 30

  • Berlim, Alemanha: 22

  • Londres, Inglaterra: 21

  • Sydney, Austrália: 20

  • Paris, França: 11

Baseado em Texto de: ANA PRISTA

domingo, 9 de novembro de 2008

Mais Longe




Fomos a Marte e a grande parte do Sistema Solar. Ousámos criar vida através dos clones e recriámos o Big Bang.




Depois de em 1969 Neil Amstrong ter pisado a Lua, os anos 70 foram dedicados a explorar outros mundos do sistema solar. Em 1976, as duas sondas viking enviaram para a Terra a foto que, pela primeira vez, revelava o "rosto de Marte". Não encontram marcianos mas, em 2004, a missão Pathfinfer comprova haver água no Planeta. Nestes 32 anos, até Portugal lançou o seu primeiro satélite: o PoSat-1 (em 1993). Depois de espreitarem Marte, outras sondas seguiram rumo a Júpiter, Saturno... Até Plutão. Este acabou despromovido à subcategoria de planeta-anão. Entretanto, desde 1990 que o telescópio espacial Hubble nos fascina com a beleza do Universo para além do Sistema Solar.


Na medicina, as conquistas não foram menores, mas 32 anos não chegaram para encontrar a cura para doenças como cancro, ou a Sida, uma nova doença humana descoberta em 1981, ou para zoonoses como a gripe aviária, cuja variante mais letal, o H5N1, traz o Mundo de sobreaviso quanto à hipótese de uma pandemia. Entretanto, o sucesso da clonagem coloca o Mundo perante um dilema ético. Entretanto, o nosso Planeta tornou-se também numa Aldeia Global. A partir de 1993, a Internet prometia deixar quase tudo ao alcance de um teclado de computador. E, nesta área, gigantes como a Apple e a Microsoft florescem, tornando os seus criadores nos homens mais ricos do Planeta.






32 ANOS DE AVANÇO NA CIÊNCIA




Em 32 anos, erradicaram-se doenças, controlaram-se outras e a clonagem entrou no nosso vocabulário. Viajámos pelo espaço, até Neptuno, espreitando muito mais além no Universo através da lente do Hubble. Acima de tudo, o nascimento da Net tornou o planeta muito mais pequeno e global. Já este ano, o homem ousou recriar o Big Bang, a mítica explosão que terá originado o Universo... 32 anos de vitórias científicas para contar.






  1. 1976: Programa Viking da NASA - A viking 1 entra na órbita de Marte e tira a mais famosafotografia do Planeta Vermelho: a "Face of Mars". Meses depois, a viking 2 aterra em Marte.


  2. 1977: A Organização Mundial de Saúde anuncia a erradicação da varíola, como o maior sucesso da vacinação e da ciência moderna. Mantém-se como a única doença humana oficialmente extinta.


  3. 1978: A insulina artificial é inventada. Cientistas anunciam tê-la produzido em laboratório a partir de uma bactéria. Uma boa nova para os diabéticos.


  4. 1979: A Columbia, a primeira nave espacial, é entregue ao Centro Espacial J.F.Kennedy. A Pioneer 11 e a sonda Voyager 1, consequem a maior aproximação a Saturno, tirando as primeiras imagens do Planeta dos anéis.


  5. 1981: O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano comunica ter detectado uma rara forma de pneumonia em cinco homossexuais em Los Angeles. Seriam os primeiros casos de Sida; O TGV entra em funcionamento ligando Paris.Lyon.


  6. 1982: Os primeiros CDs começam a ser comercializados na Alemanha; Nos Estados Unidos, Barney Clark recebe o primeiro coração artificial permanente (sobreviveria apenas 112 dias).


  7. 1983: É lançado o Microsoft Word; A Pioneer 10 torna-se no primeiro objecto feito pelo Homem a deixar o Sistema Solar.


  8. 1984: Os astronautas Bruce McCandless e Robert Stewart, a bordo do Space Shuttle Challenger dão o primeiro passeio no espaço.


  9. 1985: A The Food and Drug Administration (EUA) aprova o primeiro teste para detecção do HIV-Sida; O teste do DNA é pela primeira vez usado na resolução de um crime.


  10. 1986: Brain, o primeiro vírus informático é detectado num PC; Entretanto, a União Soviética lança a Mir, a primeira estação espacial.


  11. 1987: O primeiro transplante de coração e pulmões acontece em Baltimore, Estados Unidos; Franceses e ingleses iniciam a construção do túnel do canal da Mancha, que funcionará pela primeira vez em 1994.


  12. 1988: O Prozac, o mais famoso antidepressivo do Mundo, começa a ser comercializado nos Estados Unidos.


  13. 1989: A Voyager II visita as órbitas de Neptuno e da sua lua, Tritão.


  14. 1990: O telescópio espacial Hubble, o mais potente "olho" lançado pelo Homem para espreitar os confins do Universo é colocado pelo Discovery numa órbita em torno da Terra. E passa a maravilhar-nos com fotografias das estrelas.


  15. 1991: A Organização Mundial de Saúde deixa de considerar a homossexualidade uma doença.


  16. 1992: Um meteorito aterra no quintal de uma família de Nova Iorque. Ficaria conhecido como o Peekskill Meteorite.


  17. 1993: A World Wide Web (Internet) nasce oficialmente. O PoSAT-1 (o primeiro satélite português) é lançado para o espaço a bordo do Ariane VI.


  18. 1994: A revista Nature anuncia ter encontrado na Etiópia o primeiro esqueleto completo do Australopithecus afarensis, um dos primeiros hominídeos.


  19. 1995: O DVD, um novo formato para armazenar informação digital é anunciado.


  20. 1996: Pela primeira vez, um computador (o "Deep Blue") derrota o campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov; A ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado com sucesso, nasce na Escócia.


  21. 1997: A sonda Pathfinder, da NASA aterra em Marte; Em Londres, cientistas que analisaram DNA retirado a um esqueleto de Neanderthal, comprovam a teoria de que humanos terão nascido em África há 100 mil ou 200 mil anos atrás.


  22. 1998: 19 países europeus proibem a clonagem humana; O uso do Viagra no tratamento da impotência masculina é aprovado nos Estados Unidos; A falha de um satélite deixa cerca de 85% dos pagers incomunicáveis.


  23. 1999: Ao fim de 22 anos de restauração, o quadro A Última Ceia de Leonardo da Vinci é novamente exposto em Milão.


  24. 2000: O primeiro turista espacial Dennis Tito, regressa à Terra a bordo da Soyuz TM-31; Os russos decidem rentabilizar o seu potencial espacial, vendendo viagens a civis.


  25. 2001: Após diversos incidentes e choques no espaço, os russos decidem desactivar a estação espacial Mir. Esta reentra na atmosfera terrestre e afunda-se no Oceano Pacífico; A Apple lança o iPod.


  26. 2002: A Mars Odyssey encontra sinais de grandes reservas de água gelada no Planeta Vermelho.


  27. 2003: A 28ª missão da nave espacial Columbia termina em tragédia. Explode ao reentrar na atmosfera terrestre, matando os sete tripulantes; Cientistas anunciam ter sequenciado com sucesso, 99% do genoma humano.


  28. 2004: As sondas Spirit e Opportunity aterram em solo marciano, onde detectam ter existido água; A Coreia do Sul anuncia a clonagem de 30 embriões humanos.


  29. 2005: A sonda Cassini-Huygens aterra em Titã, a maior lua de Saturno; Aos 66 anos, Adriana IIiescu, torna-se na mãe mais velha do Mundo.


  30. 2006: A Agência Espacial Europeia lança a sonda Vénus Express, em direcção à órbita deste Planeta.


  31. 2007: Os portugueses dizem Sim à liberalização do aborto até às dez semanas.

  32. 2008: A Índia lança 10 satélites para o espaço de uma vez (um record); Na Suíça, o LHC (Large Hadron Collider), uma espécie de acelerador, tenta recriar o Big Bang, a grande explosão que terá dado origem ao Universo.


Baseado em Texto de: ANABELA PEREIRA FERNANDES





sábado, 8 de novembro de 2008

CSI À PORTUGUESA - A realidade é como nos filmes?


São eles que analisam e pólen, a saliva, o sangue no local do crime...

Autopsiam cadáveres, estudam alegadas vítimas de violações de direitos humanos. Como é a vida dos nossos especialistas forenses?


O corpo está estacionado em cima da mesa, branco com um lençol enrugado. O cadáver é aberto e a médica-legista retira os brônquios, comentando: "Olhem para isto, está tudo preto." Entre a vasta assistência, há alguém que não resiste. Vai lá fora e acende um cigarro. A autópsia é acompanhada por muitos alunos de Medicina e pela "turma" que assiste ao 2º Curso de Introdução às Ciências Médico-Legais e Forenses para Jornalistas. "Nas séries CSI vê-se que as coisas resultam sempre. Chega-se cinco horas depois ao local do crime e a amostra está lá. Nunca há contaminações, há equipamentos que dão todos os resultados, não há dificuldades. Na prática pericial não é assim. As amostras vêm muitas vezes contaminadas, há elementos que podem interferir... E nas séries aparecem equipamentos que não correspondem à realidade", esclarece Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML).

O caso Meddie esteve sujeito às mesmas limitações e dificuldades de qualquer investigação. "A partir do momento em que um caso ocorre até à altura em que se toma conhecimento e chegam os investigadores, pode haver muitas contaminações. Pela flora, pela fauna, por múltiplas circunstâncias. O caso Maddie não é excepção, sobretudo sabendo nós que não foi feito um isolamento imediato do local. Porque houve dúvidas ou questões que não se colocaram no início. Em todos os casos há uma série de factos que são susceptíveis de introduzir alterações que depois podem vir a dificultar os resultados."

O trabalho dos CSI à portuguesa está a evoluir, com o objectivo de se tornar mais eficaz. A base de dados nacional de perfis de ADN estará a funcionar em 2009, garantiu o secretário de Estado adjunto e da Justiça, José Conde Rodrigues. A meta é criar um mecanismo que "será um grande apoio à investigação criminal e à identificação civil. Quando recolhemos indícios genéticos para apoiar a investigação criminal hoje, não podemos guardá-los. A comparabilidade para casos futuros não é possível. Esta base já o permitirá. Poderá ter uma grande importância para ajudar a punir quem é culpado e ilibar quem é inocente. Mas também no que toca à identificação civil de corpos desaparecidos".

A recente reforma penal também trouxe alterações. "Definiu-se o regime de acesso a amostras físicas. Antes, a pessoa podia não autorizar que a perícia fosse feita sobre o seu corpo, e havia dúvidas sobre a necessidade desse consentimento. Hoje, é possível recolher amostras desde que haja uma autorização judicial. Por vezes, é necessário retirar por exemplo saliva, para ver se aquela pessoa podia ou não ter cometido um determinado crime. Por aí se pode recolher o ADN." E quando um médico-legista analisa uma vítima de disparos de uma arma de fogo, a que perguntas deve responder a autópsia? Agostinho Santos, director do Serviço de Patologia Forense do INML, enumera-as. "Quantas marcas de disparos há? Onde estão e como são os orifícios de entrada e saída? Qual a distância do disparo? E a trajectória? Há resíduos dos disparos?" Determinar a distância a que o projéctil foi disparado, confessa, é difícil. As armas e munições usadas nos disparos experimentais "têm de ser iguais às utilizada no crime. Não podem ser apenas semelhantes, ou a prova não serve de nada. Nesses casos, pode e deve ser contestada". Analisando os orifícios provocados pelas balas, rapidamente se percebe, por exemplo, que o criminoso não estava no carro à espera da vítima quando a matou, mas sim junto ao elevador, onde atingiu à queima-roupa: um exemplo prático, entre vários dados pelo especialista.

Mas os domínios em que trabalham os peritos em ciências forenses e médico-legais podem, nalguns casos, ter mais que ver com os melhores episódios de Prison Break do que de CSI. Duarte Nuno Vieira tem sido convidado pelo Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU para missões em países da Europa, América Latina, África e Ásia, como patologista forense. Missão: investigar situações de violação de direitos humanos. A pele, diz, é um marcador onde os sinais de tortura ficam armazenados. Nas prisões, esquadras ou aldeias onde se desloca de surpresa, avisando com poucas horas de antecedência, analisa as alegadas vítimas dos pés à cabeça. Órgãos, cavidades, tudo. Quando a equipa entra numa cadeia, começa a negociação. Os guardas querem sempre ficar com as máquinas fotográficas e telemóveis.

Nessas situações, Duarte Nuno Vieira já conheceu os "interessantes" bombistas que mataram centenas de turistas em Bali, na Indonésia. Viu espaços para dez pessoas onde se amontoavam, literalmente, centenas de presos, uns por cima dos outros. Ou prisões debaixo da terra, sem luz, onde os reclusos são habitualmente torturados, mutilados e maltratados para além da imaginação. As fotos mostradas pelo especialista falam por si, deixando qualquer um com o estômago aos saltos. O perito considera importante este trabalho de denúncia. Na altura do curso, estava a colaborar na identificação de vítimas do regime de Pinochet, bem como de violações de direitos humanos no México. O país tem sido palco de assassinatos colectivos, relacionados com os cartéis da droga.



COMO TRABALHAM OS CSI PORTUGUESES


Embora a realidade não seja igual ao que vemos nas séries, os investigadores portugueses estão bem equipados e formados, e sabem o que fazer quando chegam ao local do crime.


Cuidados Obrigatórios



  • Mexer o corpo o menos possível

  • Colocar as mãos da vítima dentro de sacos de papel (se forem usados sacos de plástico há fenómenos de condensação, surgem gotas de água que prejudicam a preservação dos resíduos)

  • Impedir a perda de resíduos de disparos (a nuvem de resíduos é constituída por gases a altas temperaturas que, quando há um disparo, se vão depositando em toda a superfície à volta. Podem dizer-nos se alguém manipulou ou não uma arma, se esteve ou não dentro dessa nuvem, e o mesmo em relação a superfícies e objectos)

  • Preservar cabelos, pêlos e fibras do agressor

  • Evitar contaminações

  • Não fazer a recolha de resíduos do corpo no local do crime, mas sim na mesa da sala da autópsia. Aí, as condições de trabalho e iluminação são mais adequadas

  • Como se determina a distância entre o disparo e o seu destino? É necessário fazer disparos experimentais, com a mesma arma e munições iguais

  • A correspondência entre o orifício da bala e o seu calibre não é exacta. Não é possível determinar com certeza uma pela outra

  • Cuidados a ter com a roupa da vítima: ao manipular o corpo da vítima ou socorrê-la, não danificar os orifícios provocados por balas ou outras armas. Não cortar, deitar fora ou sacudir

O que é preciso saber



  • As marcas deixadas pelas armas na vítima ou no local do crime contém muita informação: cada arma produz em cada bala estrias (marcas) únicas e específicas, essenciais para a sua identificação

  • As impressões digitais são igualmente informativas. Às vezes os criminosos lembram-se de limpar as armas mas esquecem-se de fazer o mesmo aos carregadores

  • Os investigadores usam, cada vez mais, materiais descartáveis, para impedir contaminações

  • Quando não são descartáveis, são desinfectados com álcool, éter ou soro fisiológico

  • As pinças são usadas com algodão nas pontas, para que não deixem marcas nos vestígios

  • Os vestígios são acondicionados em recipientes próprios, para não serem danificados por eventuais pancadas

  • Respirar, espirrar ou salivar pode contaminar a cena do local do crime. Por isso, existem fatos que isolam totalmente o investigador, impedindo esse perigo


PARA QUE SERVE A PALINOLOGIA FORENSE?


A ciência dos pólenes é ainda pouco usada, mas os vestígios que estuda já condenaram criminosos. São provas impossíveis de eliminar: sabemos que elas existem mas não podemos vê-las.


PALINOLOGIA - Estudo dos pólenes e esporos (sementes ou células reprodutoras) das plantas.



  • A palinologia pode relacionar um suspeito com uma cena de crime, através da presença no indivíduo de vestígios de pólen provenientes do local

  • Permite perceber que uma vítima foi morta num determinado sítio e depois levada para outro local

  • É aplicável em todo o tipo de crimes

  • Permite estabelecer integralmente o percurso geográfico intercontinental de uma amostra de droga, através das partículas que a contaminaram durante essa viagem

  • Esta ciência é ainda pouco usada em Portugal, por falta de hábito e de conhecimento

  • As roupas e cabelos dos suspeitos e das vítimas são alguns dos sítios onde podem encontrar-se vestígios de pólen ou esporos que os relacionem com o local

  • A desvantagem é que as provas palinológicas são circunstanciais: apenas colocam o suspeito na cena, não atestando a sua culpa

  • Mesmo assim, uma prova deste tipo pode condenar um criminoso - e isso já aconteceu

  • Qualquer superfície ou material pode ser uma fonte de amostra

  • Só quatro pessoas a nível mundial são especializadas nesta área. Uma delas é portuguesa

  • É uma prova que os criminosos não sabem como eliminar: ela está lá, mas eles não podem vê-la


Baseado em Texto de: VASCO VENTURA



sexta-feira, 7 de novembro de 2008

MIGRAR para não morrer


Segundo os cientistas, uma das piores consequências das alterações climáticas será a migração das espécies para locais onde as condições climáticas lhe sejam mais favoráveis. Esta é uma hipótese optimista, já que, de acordo com vários estudos, muitas espécies não coseguirão movimentar-se suficientemente rápido para acompanhar a velocidade com que as mudanças do clima acontecem. Razão pela qual se prevêm extinções em massa no futuro. Um dos estudos mais recentes foi realizado pelos cientistas do Museu de História Natural de Paris, que observaram o comportamento de 105 espécies de aves típicas da avifauna gaulesa.

As conclusões, publicadas na revista científica Proceedings não são animadoras. Apesar de detectarem ligeiras deslocações das espécies rumo a paragens mais frescas, os cientistas observaram que as aves não estão a ser suficientemente rápidas: se querem garantir uma "casa" à temperatura ideal, as aves francesas ainda terão de deslocar-se cerca de 180 quilómetros para norte. Caso não o façam a tempo, muitas poderão ser surpreendidas pela falta de alimento. Neste caso, as que possuem um regime alimentar menos flexível serão as primeiras a extinguir-se. "A flora e fauna à nossa volta mudm constantemente devido às alterações climáticas, se as aves e os insectos de que se alimentam não pensarem da mesma maneira, teremos um desfasamento entre espécies", explicou Vincent Devictor, coordenador da investigação.

Assim, à medida que o Planeta aquece, várias regiões do Globo assistirão a modificações drásticas na composição da sua fauna e flora. Entre as regiões mais afectadas estão as de clima temperado, como é o caso da Península Ibérica. Em Fevereiro, um estudo europeu já alertava para esta ameaça.

A Climatic Atlas of the European Breedings Birds, foi o primeiro trabalho que avaliou o impacto do aquecimento global nas 430 aves migratórias que habitam o Continente Europeu, metade das quais existentes em Portugal. E, de acordo com estas projecções, perante o esperado aumento de 3º C nas temperaturas médias europeias, até final do século XXI muitas das aves que compõe a fauna nacional, devem debandar em direcção ao extremo sudoeste do continente, rumo a paragens mais frescas. Entre elas, estão as espécies que indico mais abaixo. Se ficarem, poucas sobrevirão. De acordo com este Atlas, só medidas de conservação especiais poderão impedir uma extinção em massa.



ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS AMEAÇAM AVES PORTUGUESAS



Vários estudos indicam que nos próximos 100 anos, o mapa de distribuição de aves na Europa vai sofrer grandes alterações devido à mudança climática. Algumas espécies típicas da nossa fauna como a abetarda, peneireiro e sisão podem literalmente voar para paragens mais frescas...



1. Abetarda



É uma ave que adora campos de cereais. Na Europa existe apenas na Península Ibérica (em Portugal no Alentejo) e na Rússia. No futuro pode sobreviver apenas na Rússia.

Estatuto de conservação: Ameaçada



2. Sisão



Tal como a abetarda o seu habitat são campos agrícolas abertos. Prevê-se que no futuro o seu número diminua significativamente e desapareça de Portugal.

Estatuto de conservação: Ameaçada



3. Charneco



Até agora, este pequeno pássaro é exclusivo da fauna ibérica. O futuro pode acabar com este endemismo, reduzindo a população e empurrando os sobreviventes para o Mediterrâneo Oriental.



4. Cegonha-Branca



Esta espécie não corre perigo de extinção, mas no futuro, as previsões indicam que avistar uma cegonha pode passar a ser raro na Península Ibérica. Já a cegonha-negra corre sério risco de extinção.



5. Peneireiro-cinzento



Até agora, este pequeno falcão só vive na Península Ibérica, nas paisagens de montado. No futuro, poucos devem manter-se por cá. A mudança climática pode levá-lo para Itália e Grécia.





Baseado em Texto de: ANABELA PEREIRA FERNANDES


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

POUPAR NO SEU LAR - A CASA ECO


Se visitou o último salão Imobiliário de Lisboa, na FIL, é possível que tenha visitado a Casa Ideal da Home Energy, um protótipo de uma casa com cerca de 70 metros quadrados, onde tudo foi pensado para reduzir ao mínimo o consumo e perdas de energia. Se fosse real, esta casa, seria considerada de classe A+ quanto ao desempenho energético. Para além de possibilitar contas da luz reduzidas, contribuiria pouco para as emissões de gases com efeito de estufa devido ao baixo consumo energético. Seria, por isso, uma casa eco a dobrar: económica e ecológica.

Esta casa ideal também estava em exposição na FIL por uma razão prática. A partir de 2009, todas as casas, novas ou usadas, colocadas no mercado, para venda ou arrendamento, têm, obrigatoriamente, de possuir o certificado energético, um documento que quantifica o desempenho energético de um edifício ou fracção, classificando-o numa escala de A (excelente) a G (péssimo). Quanto mais elevada a classe atribuída a uma casa, mais esta valerá no mercado imobiliário. E, se as casas novas já são, desde este ano, construídas para ser eficientes, uma casa usada pode, com algumas medidas passar da classe D (desempenho mediano) para a classe B ou A, "sem que para isso seja necessário um grande investimento". Pelos menos assim o garante Selwin Wever, director de certificação da Home Energy, uma das empresas que se especializou na avaliação e certificação energética no segmento residencial. De acordo com este especialista, que calcula que a maioria das casas usadas no mercado pertencerão à classe D (as G serão pouco mais que uma ruína), algumas medidas pontuais podem transformar uma habitação de desempenho mediano numa casa de eficiênia B. "A mera troca de esquentador por uma caldeira de condensação poderá reduzir para metade os gastos com gás natural."

O mesmo acontece com o isolamento da casa. Trocar janelas em vidro simples e caixilharia de alumínio por outras de vidro duplo com caixilharia em PVC, com corte térmico, é outra medida sensata, que reduzirá significativamente as perdas de calor no Inverno, e a situação inversa no Verão. Aliás, Selwin Wever desaconselha o uso do alumínio, tão em voga até há uns anos, em qualquer parte da janela, seja caixilharia ou estores. "Para além de, em regra, ser mais caro, o alumínio é mil vezes melhor condutor que o plástico (do PVC), isto é, no Verão só irá contribuir para que entre mais calor na casa."

Aliás, todo o investimento na redução da factura da luz terá um duplo interesse no futuro já que, avisa Selwin Wever, "tudo indica que a electricidade deixará de ser subsidiada e os preços vão subir aproximando-se cada vez mais dos custos de produção".

A certificação energética das habitações passa a ser obrigatória por indicação da União Europeia, que elegeu a redução do consumo energético dos edifícios como uma das suas próximas lutas na batalha pela redução das emissões poluentes. No nosso país, por exemplo, 16% da energia total consumida é da responsabilidade do sector doméstico.

Apesar de nos últimos anos, equipamentos e materiais de construção terem evoluído tornando-se mais eficientes, na última década o consumo de electricidade pelas famílias tem aumentado a uma média de 2% ao ano. E, apesar de todas as medidas tomadas para o reduzir, a Agência Internacional de Energia (AIE) estima que, até 2010, o gasto energético das habitações suba 13% em relação ao registado no ano 2000, e mais 25% até 2020. O destino da energia que se gasta é que varia de país para país. Enquanto no resto da Europa, o aquecimento é responsável pela fatia maior dos gastos energéticos, em Portugal são os aparelhos de refrigeração (frigorífico e congeladores) que consomem mais energia (cerca de 32% do total), por estarem sempre ligados. Daí ser importante que estes electrodomésticos gastem o menos possível, como é o caso dos de classe A, em média 45% a 70% mais económicos que os da classe D (mais antigos).

Curiosamente, por toda a Europa, o consumo de electricidade pelos aparelhos deixados em modo stand by é o que mais tem subido, à medida que os europeus adquirem um número cada vez maior de equipamentos eléctricos. Assim, a AIE estima que por volta de 2030, o consumo stand by seja responsável por 15% dos gastos de energia no Velho Continente. Por se tratar de um consumo fantasma - os aparelhos estão ligados sem estarem a ser usados -, este é um dos principais alvos das políticas de poupança energética. E, neste caso, basta desligar televisores, vídeos e outros aparelhos passíveis de ser ligados através de um comando. A Quercus, por exemplo, calcula que este consumo custa cerca de 37 euros por ano a cada lar português.



A CASA IDEAL


A partir de 2009, qualquer casa que seja transaccionada - vendida ou arrendada -, tem de ser avaliada quanto ao seu desempenho no uso da energia. A certificação energética dos imóveis passará a ser obrigatória e as casas que gastarem menos energia ganharão pontos no mercado imobiliário. Significa que serão mais caras no acto da compra, que farão poupar euros aos futuros habitantes.

Eis as características que farão uma casa ser considerada de classe A, isto é, económica no uso de energia.



A ÓPTIMO; G PÉSSIMO


Tal como nos electrodomésticos, uma casa será classificada numa escala de A+ a G


A+ excelente desempenho energético


D desempenho mediano


G medíocre



1. Janelas


É através delas que entra a luz do Sol, a maior fonte de energia capaz de satisfazer necessidades de iluminação e aquecimento. As janelas podem ajudar a tirar rendimento do Sol.


Devem ser:



  • De vidros duplos, transparentes

  • Com caixilharia em PVC, com corte térmico

  • Protegidas por estore exterior, simples, branco, de plástico. O suficiente para garantir sombra nas horas de maior calor e controlar as necessidades de iluminação

  • Caixa de estore: é importante que seja estanque e que não permita fugas ou entradas de ar

A evitar:


Vidros escuros/espelhados


Muito caros, acabam por reduzir a quantidade de luz que entra na habitação, bem como o calor, em especial no Inverno


Estores térmicos/alumínio


Mais caros, não apresentam grande vantagem, até porque o alumínio é mil vezes melhor condutor de calor do que o plástico.



2. Paredes Isoladas


Nas casas novas as paredes duplas com isolamento já são obrigatórias. Nas antigas, a aplicação de um material isolante no exterior pode evitar perdas de calor no Inverno e ganhos de calor no Verão, contribuindo para manter uma temperatura constante no interior da casa.


Custo aproximado (para uma casa com 150 a 200 metros quadrados)



  • De 4000 a 5000 euros

  • Embora esta solução seja mais aplicável a moradias, também pode ser usada em edifícios, nomeadamente nas fachadas mais expostas aos elementos, contribuindo para aumentar os níveis de conforto no interior, reduzir humidade.


3. Aquecimento de Águas


A mera troca de um esquentador por uma caldeira de condensação pode fazer com que uma casa pouco eficiente no uso da energia, passe para classe B ou A. O custo de uma caldeira para servir uma casa até três habitantes ronda os 1000 euros.



  • Calcula-se que uma caldeira gaste metade do gás de um esquentador, podendo ainda ser usado no aquecimento da casa.


4. Electrodomésticos


O ideal é que sejam de classe A, os que gastam menos electricidade. Há ainda os de classe A+ ou A++, mais económicos, mas ainda mais caros. O electrodoméstico que deve trocar primeiro é o frigorífico. Por estar sempre ligado, é responsável por cerca de 22% do gasto de electricidade de uma casa.



  • Em média, em relação a um frigorífico velho, classe D, um de classe A gasta menos 45% a 70% energia, o que acabará por garantir uma recuperação rápida do investimento inicial.


COMO GASTAMOS A ELECTRICIDADE EM CASA


Só o frigorífico e o congelador, aparelhos permanentemente ligados, são responsáveis por, aproximadamente, 32% dos gastos energéticos numa casa.



  1. Frigorífico/Combinado: 22%

  2. Aquecimento Ambiente: 15%

  3. Iluminação: 12%

  4. Outros: 12%

  5. Congelador: 10%

  6. Audiovisuais: 9%

  7. Máquina de Lavar Roupa: 5%

  8. AQS Eléctrico: 5%

  9. Máquina de Lavar Louça: 3%

  10. Secador de Roupa: 2%

  11. Informática: 2%

  12. Arrefecimento Ambiente: 2%

  13. Forno: 1%


Baseado em Texto de: ANABELA PEREIRA FERNANDES