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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Casos de SIDA podem duplicar




"Os esforços desenvolvidos por algumas pessoas e ONG (Organizações não Governamentais) não estão a corresponder às expectativas. Faríamos um trabalho mais concreto e construiríamos muito mais esperança se houvesse uma enorme falta de apoios." Teresa D'Almeida, presidente da Associação Sol, que apoia crianças com Sida, acolhe assim a notícia de uma diminuição do número mundial de mortos pela imunodeficiência adquirida, divulgada durante a conferência internacional desta doença.



A dirigente admite que, na área da investigação, o trabalho realizado "é fantástico. Mas o trabalho de campo é esquecido. A informação, formação, prevenção e apoio estão muito longe das médias desejáveis".



Os números divulgados de crianças com Sida (pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida - CNIVS) "não são correctos. São quase menores do que aqueles que eu conheço sozinha, no trabalho que faço desde há 15 anos. Falta ajuda e notificação: as crianças são ensinadas a esconder que têm a doença e que são seus potenciais transmissores". E esses meninos e meninas "irão depois começar a sua vida sexual". As associações e médicos "pedem aos pais e às crianças para não dizerem que elas têm Sida". Assim, as taxas de infecção "vão duplicar".



As crianças "não sabem absolutamente nada sobre o assunto, e sobre a prevenção. Há um facilitismo enorme. Fala-se sempre numa diminuição do número de infectados, em novos tratamentos, vacinas. Com todo este facilitismo, receio muito o que possa acontecer."






MEDICAMENTO FACILITA VIDA



Há uma nova esperança. O Infarmed deu autorização aos hospitais nacionais para adquirirem um medicamento inovador - permite tratar a infecção com um único comprimido por dia, o que facilita a vida dos doentes: neste momento, têm de tomar dezenas diariamente. "Se for assim é fantástico, para que não tenham de ingerir tantos ao longo do dia e a meio da noite. As nossas crianças têm de utilizar medicamentos para adultos, com a dosagem feita pelos nossos técnicos de saúde: não existem versões para os doentes mais pequenos."


ÁFRICA TEM DOIS TERÇOS DOS INFECTADOS


Valores de 2007



  • Estados Unidos e Canadá: 1 300 000 - 21 000 mortes



  • Caraíbas: 230 000 - 11 000 mortes



  • América Latina: 1 600 000 - 58 000 mortes



  • Norte de África e Médio Oriente: 380 000 - 58 000 mortes



  • África Subsariana: 22 500 000 - 1 600 000 mortes



  • Ásia Meridional e Sudoeste Asiático: 22 500 000 - 1 600 000 mortes



  • Oceânia: 75 000 - 1400 mortes



  • Ásia Oriental: 800 000 - 92 000 mortes



  • Europa Oriental e Ásia Central: 1 600 000 - 150 000 mortes



  • Europa Central e Ocidental: 760 000 - 12 000 mortes



32 200 000 Infectados no Mundo em 2007




2 100 000 Mortos em todo o Planeta




Baseado em Texto de: VASCO VENTURA







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