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terça-feira, 14 de abril de 2009

PODER MENTAL Influencia Realidade


Acreditar num certo medicamento ou na ajuda de Deus torna mais fácil derrotar uma doença. Mas não é só por isso que os crentes têm melhores prognósticos.

Quem tem cancro classifica a sua gravidade a partir dos rostos de quem está à volta. Se os familiares se mostram descontraídos, então não é assim tão mau.


"Quando ajudamos um sem-abrigo, falamos com ele e olhamos nos olhos, há uma transferência de emoções. Ele sente gratidão e felicidade, e nós experimentamos o mesmo. Isso acontece graças aos neurónios-espelho: o sentimento de outra pessoa reflecte-se em nós." É assim que Pilar Varela, psicóloga e autora de Ansiosamente (editado pela Esfera dos Livros), explica o êxtase que se sente depois de fazer uma coisa muito importante por alguém. Aplica o mesmo raciocínio ao médico que trabalha num campo de refugiados e se sente feliz... Mas também a alguém que assiste a uma dança e vive o mesmo bem-estar atingido pelos bailarinos que estão à sua frente.

Esta é só uma das muitas manifestações do poder da mente sobre a realidade, como já explicou a revista Time. Maria Jesus Alava Reyes, psicóloga que escreveu A Arte de Arruinar a Sua Própria Vida e A Inutilidade do Sofrimento (Esfera dos Livros), esclarece-nos sobre alguns efeitos da crença. "As pessoas que têm uma fé religiosa mostram, perante determinadas doenças, maior esperança. Têm mais poder mental e capacidade de lutar. E a força da mente, bem direccionada, pode trazer resultados muito bons. Predispõe-nos para esses combates." Quem tem um cancro e confia em Deus para ajudá-la tem melhores possibilidades de recuperação. O seu sistema imunitário é beneficiado.

Pilar Varela concorda. As nossas células imunitárias, diz, funcionam melhor quando estamos felizes. Se a confiança na cura beneficia o nosso organismo, o mesmo acontece com as boas relações pessoais. E com o desporto, a luz do Sol, a autoconfiança, a alegria, o amor...

A escritora sublinha que um paciente de cancro classifica a gravidade da sua doença a partir das reacções que vê nos rostos em volta. Quanto mais preocupados e tristes estiverem os amigos e familiares, pior será o problema, pensa. Se estão tranquilos e bem-dispostos, há muito mais hipóteses de cura, acredita o doente. E isso vai melhorar ou piorar a evolução da doença, salienta a especialista. Pilar Varela baseia as suas afirmações em contactos com psico-oncólogos.

Se acreditarmos que um medicamento falso (placebo) vai fazer-nos bem, a nossa mente vai levar-nos a deixar de ter dores, fazendo-nos sentir melhor. Se acharmos que Deus nos auxiliará (junto com os médicos, claro) a patologia tornar-se-á menos complicada, já sabemos... Mas isso também acontece "porque os crentes são muito mais cuidadosos e rigorosos nos tratamentos". Por acharem que eles vão resultar. Mais esperança é igual a maior empenho em cumprir as mais ínfimas exigências e recomendações dos clínicos. Isso resulta em novas melhorias, o que por sua vez proporciona esperanças reforçadas...

O efeito placebo habita, noutras palavras, numa característica de personalidade compatível à fé - a resiliência, segundo Sandra Santos. A psicóloga clínica ilumina este conceito. É, diz (tal como Maria Jesus Alava Reyes), a capacidade para resistir às adversidades, mantendo a saúde mental. A fé, classifica, não tem de ser religiosa. Mas permite que "no templo sagrado da mente" a vida se viva com a criatividade "que tranquilamente nos transforma" em pessoas melhores. Tornando-nos "cada vez mais iguais a nós próprios". O homem de fé, garente, é sempre um talismã na sua relação com o outro. Interroga-se, questiona o Mundo e esse exercício permanente mantém-no vinculado aos outros e à realidade. Está por isso, acrescenta, fortemente alicerçado à vida. Expressa o deslumbramento, o entusiasmo, a generosidade e a paixão. Esta visão fornece imunidade - física e psíquica, concretiza a psicóloga.

E como se explica a leveza espiritual que se sente durante uma oração? Sandra Santos tem uma hipótese. Quando se reza, são os lobos frontais que lideram a actividade mental. Estes estão ligados à atenção e concentração. O lobo parietal está mais ou menos apagado, fornecendo uma sensação de ligeireza, de desligamento da realidade. A pessoa que ora está muito envolvida nessa actividade. Há, por exemplo, algumas que, mesmo idosas e analfabetas, decoram orações enormes... Esta atitude cerebral de memória, atenção, concentração, entrega e alheamento face ao exterior pode explicar o êxtase religioso.


COMO CURA?


Êxtase sentido após um acto altruístico:


Num estudo, 90% dos inquiridos disseram que esta sensação ajuda a diminuir o stress e a dor.


Efeito Placebo:


Acreditar numa cura leva a alterações reais no corpo. O cérebro activa os receptores opiáceos ou opióides em resposta aos comprimidos-placebo. Também aumenta a produção de dopamina em reacção a tratamentos falsos contra doença de Parkinson. Duas acções químicas que aumentam o prazer e bem-estar, diminuindo a dor. O cérebro até causa encolhimento num tumor, se a pessoa tiver fé num medicamento fictício.


Já foram feitos, pelo menos, 6000 estudos sobre orações efectuadas para pedir a cura de outras pessoas:



  • 52% dos pacientes por quem alguém rezou não tiveram melhorias.

  • Outros 51% não receberam orações em seu favor e também não tiveram melhorias.

A perspectiva religiosa:


Judaísmo - Os textos sagrados judeus pouco dizem sobre o que se passa ou não depois da morte. Concentram-se mais no que se deve fazer nesta vida.


Cristianismo - A maioria dos cristãos acreditam no céu e no inferno - e que o nosso destino depende das boas acções em vida.


Budismo - Acreditam na reencarnação, que só termina com a libertação final ou nirvana.


Islamismo - Os muçulmanos axreditam num dia do julgamento final depois da morte, em que os mortos se dividirão entre os condenados e os abençoados.


Hinduísmo - Semelhante ao budismo: a próxima vida depende daquilo que se praticou nesta


Taoísmo - A vida e a morte são verso e reverso da mesma moeda, a Tao. A morte é a passagem do ser a não ser, sem céu ou inferno.



ÊXTASE DIVINO


94% doentes inquiridos num estudo disseram não ter quaisquer problemas em que os seus médicos lhes perguntassem pelas suas crenças religiosas.



  • Sangue forte: Os pacientes de sida que se dizem crentes ou espiritualistas têm níveis mais altos de células CD4 - ligadas à imunidade.

  • Numa igreja rural a 48km de Santa Fé (EUA), crentes vêm em busca de cura, usando para isso a terra do lugar, com poderes alegadamente milagrosos. Uns beijam o chão, outros esfregam a terra no seu corpo ou nas fotos dos doentes incapacitados de lá ir. Outros até a comem.

  • Quando o corpo é privado de calorias, primeiro o fígado e depois os depósitos de gordura e proteína compensam esse défice, fornecendo energia às células necessitadas. Esta química alterada do organismo pode afectar o cérebro, levando alguns a sentir uma sensação "fora deste mundo".

  • Os católicos acreditam que a Virgem Maria apareceu em Fátima e em Lourdes - França. Ambas se tornaram mundialmente populares para os peregrinos. Água de uma fonte em Lourdes é considerada capaz de curar. Os fiéis bebem-na em busca de um milagre.

  • Nalgumas correntes islâmicas, acredita-se que os versos do Corão têm poderes curativos.

Baseado em Texto de: VASCO VENTURA



terça-feira, 7 de abril de 2009

JADE GOODY : 1982 - 2009


A harmonia entre ente queridos da malograda Jade chegou ao fim poucos dias depois da sua morte, no dia 22 de Março. A gota de água aconteceu quando Jeff Brazier, o pai das crianças, tomou uma atitude radical, perante o circo mediático criado à volta da tragédia, ao optar por levar Bobby, de cinco anos, e Freddie, de quatro, para a Austrália. Como era de prever, a viagem não foi bem aceite pela avó materna, Jackie Budden, nem pelo padrasto, Jack Tweed. Ambos queriam satisfazer o desejo de Jade, em ter as crianças presentes no funeral, a acompanhar o cortejo a pé, da igreja ao cemitério, tal como aconteceu com os príncipes William e Harry, no último adeus a Diana.

Mesmo contra as vozes que se levantam em protesto, o progenitor levou a sua avante. Fontes próximas, afiançaram ao jornal The Sun que Jeff pagou do seu bolso - não mexeu num único tostão do fundo de quatro milhões de euros que Jade deixou às crianças. E que só o fez pelo bem-estar dos filhos, pois tem a certeza que a viagem vai distraí-los e ajudará a ultrapassar a dor. Ao todo serão três semanas a desfrutar dos ares do outro lado do Mundo. Bem longe dos olhares indiscretos, onde aproveitarão também para passar a Páscoa em Melburne, junto de amigos próximos. Consta que o primogénito, Bobby, é quem mais tem sofrido com a morte da mãe. Ao inverso, o mais novo, Freddie, por ser mais infantil, nem se deu conta do drama.


Ressalve-se que há um mês que as crianças estão a viver com o pai. Uma decisão que partiu de Jade, que, antes de entrar em coma, teve tempo de pedir que afastassem os filhos do cenário mórbido em que estava mergulhada. A partir de agora, as crianças orfãs de mãe ficam a tempo inteiro com o pai, que detém a custódia total. Caberá também ao conhecido apresentador britânico - que teve a ingrata tarefa de dar a notícia da morte de Jade - gerir a herança de quatro milhões de euros que a antiga assistente de dentista deixou aos filhos.


O QUE CONCRETIZOU...






  • Conseguiu juntar fortuna para os filhos


  • Criou um movimento para alertar na luta e prevenção contra o cancro


  • Casou-se de branco na igreja


  • Baptizou os filhos e cumpriu o sonho de se baptizar


  • Despediu-se de familiares e amigos


  • Morreu em casa


O QUE NÃO CONCRETIZOU...





  • Não teve a menina que tanto desejava


  • Não viu os filhos crescer e a ter uma exímia educação


  • Não se despediu do irmão


  • Não conseguiu que o irmão fizesse as pazes com a mãe de ambos


  • Não chegou a ver a mãe com os dentes arranjados, como chegou a pedir


  • Os filhos não foram ao funeral


CARTA AOS FILHOS



Querido Bobby e Freddie, mandei fazer este livro para que um dia possam lembrar-se dos bons e divertidos momentos que passámos (...) Agradeço a Deus pelo valioso tempo que passamos juntos. Vocês são a prova de que vivi. Vou amar-vos para sempre.



Mãe







17 FACTOS SOBRE O FUNERAL


  • Cortejo - 21 carros percorreram as ruas desde o sul de Londres (onde cresceu) até Essex (onde habitou). O caixão foi transportado num Rolls-Royce, seguido por quatro limousines Daimler e um Bentley

  • Cerimónia - Decorreu na Igreja de St. John The Baptist em Buckhrest Hill, que tem capacidade para 350 pessoas

  • Roupa - Jade foi sepultada com o vestido de noiva (uma criação do estilista espanhol Manuel Mota, no valor de 3800 euros, oferecido por Mohamed Al-Fayed). Levou também a aliança de casamento e algumas fotografias dos filhos

  • Ode - O marido, Jack, leu um poema, intitulado If Only

  • Outra ode - A melhor amiga, Kate Jackson, discursou

  • Convidado especial - Michael Jackson esteve no funeral

  • Banda Sonora - O serviço religioso teve início ao som de All Things Bright and Beautifull, de Paolo Nutini (a música favorita de Jade). E encerrou com o tema do mesmo autor, Last Request (a música do casal)

  • Homenagem - Milhares de mensagens foram escritas num livro, depositado na Igreja

  • Televisão - A cerimónia foi transmitida em directo no Channel 4. Foram colocados plasmas no exterior para que os fãs assistissem à homenagem

  • Vendas - Com vista a contribuir para a causa na luta contra o cancro, foram postas velas à venda

  • Segurança - A empresa Plumouth ficou encarregue pela vigilância. Vários homens escoltaram a família e afastaram os paparazzi

  • Polícia - Agentes de autoridade foram destacados para manter ordem. Pelo menos duas ruas foram encerradas - das 11h00 às 14h00 - por onde passou o cortejo

  • Última morada - Jade foi sepultada no Epping Forest Burial Park, em Essex, local onde costumava passear com os filhos

  • A vida dela em filme - Inspirado na sua forma de viver, Nick Love está em negociações para realizar uma película sobre Jade

  • Proclamada santa - Jonathan Blake (sacerdote anglicano que a casou) diz que "Jade é uma santa, um exemplo de proporções bíblicas"

  • Roupas em leilão - Jack Tweed quer leiloar roupas e objectos da mulher, para contribuir na luta contra o cancro

  • Tatuagem - "Call Me And I Will Answer" é a frase que Jack vai tatuar em homenagem à mulher.

GUERRA SURDA


"Ela quer que o Jack esteja presente na vida dos filhos. Afinal, quando foi viver com ela, o pequeno Freddie tinha apenas 18 meses. Jade sabe que não vão ter uma mãe no futuro, por essa razão quer que os filhos tenham dois pais para manter a sua memória viva", declarou um amigo, poucas semanas antes de Jade morrer. Nesta altura, já os ânimos estavam exaltados entre os J's (Jack e Jeff) da vida dela. E consta que só não declararam guerra aberta para não a importunar.

Mantiveram-se em silêncio, mas evitaram cruzar-se e trocar uma palavra que fosse. Segundo fontes próximas, o apresentador de televisão de X Factor nunca aceitou a escolha da ex-companheira. Sempre considerou que Jack - condenado a uma pena de prisão de 18 meses, por assalto à mão armada e agressão física a um menor - nunca respeitou Jade. Traiu-a e não é, de todo, um bom exemplo para as crianças. Tendo em conta a sua opinião, é óbvio que nunca o impressionou favoravelmente que o padrasto de Bobby e Freddie aparecesse lado a lado com os meninos, em momentos importantes como as idas à escola ou as férias e passios em parques de diversão. Em Inglaterra, toda a gente sabe que o viúvo e o ex-companheiro da rainha do sensacionalismo não se suportam. São muito diferentes. Enquanto Jack Twees é boémio, conflituoso e sem grandes aspirações no futuro, Jeff é clamo, amável e carinhoso. Não tem telhados de vidro e é visto como um excelente exemplo para os filhos. Agora que Jade não está entre eles, esperam-se novos episódios desta novela da vida real.


PERFIL DE JACK TWEED


  • 21 anos

  • Antigo electricista, modelo e aspirante a agente de jogador de futebol

  • Deixou os estudos com 16 anos

  • Conflituoso e desordeiro

  • Foi infiel a Jade

  • Tornou-se famoso graças ao envolvimento amoroso com Jade

  • Vai cumprir 18 meses de prisão por assalto e agressão

  • Recusou a casa, que Jade lhe deixou, mas comprou um partamento numa zona de luxo

  • Acerca dele, Jade disse: "Às vezes sinto-me mais mãe que mulher dele"

PERFIL DE JEFF BRAZIER


  • Tem 29 anos

  • Antigo jogador de futebol, ex-concorrente e vencedor de reality show, actual apresentador de televisão

  • Já era famoso antes de se envolver com Jade

  • Discreto, pacífico e amável

  • Não foi infiel a Jade

  • Vai gerir a fortuna dos filhos

  • Acerca dele, Jade disse: "Apesar das brigas, ainda o amo. Mesmo que não possa viver com ele, quero usar o esperma do Jeff para ter outro bebé"

NA HORA DA MORTE...


Precisamente dez dias após a morte, Jack abriu o seu coração à Imprensa e contou como foi o último suspiro da rainha do sensacionalismo. Naquela noite "dormi noutro quarto porque ela respirava de forma sofrida. É horrível ver alguém que se ama a lutar para conseguir respirar e não poder fazer nada para ajudar", disse à OK! Sempre que ganhava coragem, deslocava-se ao quarto dela para "beijá-la no pescoço, para confirmar se ainda estava viva. Sabia que ela partiria naquela noite, mas não consegui ficar a vê-la definhar daquela maneira. Jackie (a mãe) esteve sempre ao seu lado. Não dormi, estava acordado à espera que acontecesse. Assim que ouvi Jackie a chorar, apercebi-me. A seguir, fiquei no chão, imóvel e em estado de choque por alguns instantes. Só depois fui ao quarto, agarrei-a, beijei-a e aí quebrei completamente", contou à mesma publicação. Entre as recordações, Jack assegura ainda que Jade - antes de entrar em estado de coma, 48 horas antes de morrer - tinha alucinações e constantes falhas de memória.


A INIMIGA NÚMERO 1


Jade fez inimizades até à hora da morte. Jordan - outro "produto" de reality show, foi uma delas. A troca de galhardetes entre elas foi tão acesa, que os media atropelavam-se para obter as declarações mais ofensivas. Em Outubro, Jade respondia: "Sei que há celebridades que acham nojento que eu faça dinheiro com a minha doença... mas entretanto a mesma celebridade - és tu, Jordan - vende histórias sobre o filho deficiente. Eu nunca disse 'dêem-me um cancro que eu vendo a história'". Consta que Jordan arrependeu-se das acusações e quis ir ao funeral, pedido que os Goody recusaram.



10 FACTOS SOBRE O CANCRO DO COLO DO ÚTERO


Oito em cada dez mulheres contactará com a causa deste cancro ao longo da vida. Por uma razão simples: ao contrário de outros, é sexualmente transmissível.



1. O que é?


O colo do útero é a parte inferior do útero, que o liga à vagina. Ao contrário da maioria dos cancros, a causa deste não é hereditária, mas sim um vírus, o papilomavirus humano, capaz de transformar as células do colo do útero e provocar lesões, que em alguns casos progridem para lesões cancerosas.


2. Como se transmite o vírus?


Através do contacto genital. Não é necessário que haja coito para haver infecção.


3. O que é o papilomavírus humano (HVP)?


Existem mais de 100 tipos, a maioria inofensivos, como os que provocam verrugas. Cerca de 40 tipos afectam a região genital. Destes, quatro são responsáveis pelas doenças genitais mais frequentes:



  • 2 tipos de HPV, o 16 e o 18, são considerados de "alto risco", podem provocar cancro do colo do útero;

  • Os tipos de HPV 6 e 11, de "baixo risco" podem causar condilomas genitais e alterações benignas do colo do útero.

4. Quem pode contrair?


75% das mulheres sexualmente activas entrarão em contacto com o HPV ao longo da vida.


5. Em que idades costuma manifestar-se?


40% das mulheres com diagnóstico de cancro do colo do útero têm entre 35 e 54 anos. Muitas estiveram expostas ao vírus durante a adolescência e juventude (13-29 anos).


6. Qual o risco de uma mulher desenvolver este cancro?


Em 90% dos casos, o próprio sistema imunitário elimina o vírus do organismo. Quando uma mulher é infectada e o organismo não consegue combater a infecção, podem desenvolver-se células anómalas no colo do útero.


7. Quais os sintomas?


Surgem só numa fase avançada e incluem:



  • Hemorragia vaginal anómala

  • Dor durante as relações sexuais

  • Corrimento vaginal anormal

  • Dores pélvicas

8. É muito frequente?


Na Europa é a segunda causa de morte por cancro - a seguir ao cancro da mama - nas mulheres entre os 15 e os 44 anos.


9. Qual a situação em Portugal?


Em 2002, morreram 378 mulheres e surgiram mais de 900 novos casos.


10. Como se previne?


A citologia, o exame ginecológico conhecido por papanicolau é a única forma de detectar a presença de células anómalas no colo do útero. A vacina deve tomar-se a partir dos 13 anos, faz parte do Plano Nacional de Vacinação, a previne a infecção antes que a jovem inicie a vida sexual.



Baseado em Texto de: ANABELA TEIXEIRA FERNANDES





sexta-feira, 3 de abril de 2009

A RECEITA para fazer DINHEIRO


Salvar-se da crise é mais fácil do que parece. Aprenda o que quer dizer "estrutura de custos flexíveis" e descubra como ganhar o seu primeiro milhão. Há um livro que torna tudo fácil.


Os "meseques", "maseus" e "jagoras" são os maiores inimigos da nossa carteira. Quantas vezes já não deu por si a dizer: "Mas eu preciso mesmo de um computador portátil melhor!" Ou: "Mas é que este carro tem tracção às quatro rodas, e o outro não tem." Talvez, noutros casos, tenha afirmado, angustiado e dividido (e endividado): "Já agora vou levar mais este jogo, para a Playstation do miúdo."
Pedro Queiroga Carrilho tem 25 anos, escreveu O seu Primeiro Milhão - Como Poupar e Fazer Crescer o seu Dinheiro, criou uma empresa (http://www.kash.pt/) na área dos investimentos e da formação e dá conferências acerca do tema do livro. Foi numa delas que nos alertou para os terríveis malefícios desses três adversários da boa gestão.

A obra deste engenheiro informático (praticante de kung-fu há oito anos) ensina-nos as dicas cruciais para navegar com sucesso por entre os obstáculos criados pela crise. O olhar crítico sobre as nossas finanças, presente nas muitas e facilmente compreensíveis tabelas, esquemas e quadros do livro (ver abaixo), faz-nos perceber onde gastamos e porquê. Mostra-nos como podemos poupar; o que é desperdício; o que é importante. Claro que isso é subjectivo. Mas, em época de apertar o cinto, muitos bens que achavamos essenciais tornam-se, de repente, acessórios. O que pode ser mais relevante do que habitação, roupa aceitável para os filhos ou deslocações para o trabalho?

O especialista aconselha, em época de dificuldades, uma estrutura de custos leve e flexível. Que quer isto dizer? Será que, no seu caso pessoal, tem mesmo de estar agarrado a uma casa que está a comprar, em vez de alugar uma? Se arrendar, já não corre o risco de mudar de trabalho e ficar com uma actividade profissional a 50 quilómetros da residência (pois, agora você está amarrado a ela...). Consequências: gastar mais em transportes ou gasolina, perder muito mais tempo...

O formador fala da importância de não concentrar toda a energia num só trabalho. Acumule várias formas (legais, de preferência) de ganhar dinheiro. Assim, quando perder uma, ainda tem as outras.

Para o empresário, "precisamos de ser mais proactivos, empreendedores. Actuar. Depender menos dos outros para poupar dinheiro e multiplicá-lo. Está muito nas mãos de cada um de nós tornar a economia sustentável. Se não nos mexermos rapidamente, o nosso futuro está cada vez mais comprometido".

Os portugueses já foram um dos povos menos gastadores. O conferencista revela que passamos de taxas de poupança de 30%, nos anos 1970, para 4%, na actualidade.

O livro tem, ainda, uma muito extensa bibliografia, um glossário capaz de tornar uma criança de sete anos mestre em economia e diversas citações a entidades tão credíveis como o INE. E o autor dá-nos uma informação inesperada (ou não...). Esclarece que "a maior parte dos créditos, endividamentos e penhoras judiciais não têm que ver com a casa ou o carro. Referem-se a bens de consumo vindos das grandes superfícies comerciais. Electrodomésticos, vestuário... Comprados por pessoas que se endividaram continuamente, para adquirir sempre mais bens".

Há hábitos "espertos" que são tão pequeninos como importantes. Contrarie a omnipresente tendência, tão moderna, de pagar sempre com o cartão. Isso muda tudo. Passe a comprar tudo o que puder com notas - pequenas. Terá uma noção totalmente diferente do dinheiro que gasta. Dar-lhe-á mais valor. Vai perceber que, afinal, não andava nenhum desconhecido a descarregar o conteúdo da sua conta. Era você...

Os truques quotidianos, muito mais relevantes para a sua vida do que pensa, sucedem-se no pensamento sistematizado deste autor. Faça você mesmo as suas prendas, em vez de se perder em espirais de consumismo e em filas infindáveis para escolher, comprar e embrulhar os presentes de Natal para toda a família. Revolucionário? Sim. Mas pode salvá-lo. Não vá para o supermercado com fome. Vai esbanjar muito mais em alimentos hipercalóricos e desadequados para a sua alimentação. Não tome o pequeno-almoço fora de casa. Por um sumo de laranja, vai pagar mais ou menos o mesmo que por um quilo do dito fruto. E faça as contas ao que perde em tabaco. Um dos amigos de Pedro Queiroga Carrilho meteu-se em cálculos e percebeu rapidamente que as despesas em cigarros ultrapassavam o dinheiro que empregava em comida...



PARA ONDE VAI?!


Pedro Queiroga Carrilho, no livro O Seu Primeiro Milhão, convida-nos a perceber onde é que gastamos verdadeiramente o nosso ordenado.


1. Indivíduo só, com menos de 30 anos:


(a) Alimentação e Bebidas Não alcoólicas - 6%

(b) Bebidas Alcoólicas e Tabaco - 1%

(c) Vestuário e Calçado - 7%

(d) Habitação - 33%

(e) Saúde - 3%

(f) Aquisição e Despesas com Veículos - 7%

(g) Transportes e Comunicações - 3%

(h) Educação e Cultura - 5%


2. Indivíduo só, com idade igual ou superior a 30 e inferior a 65:


(a) 14%

(b) 3%

(c) 8%

(d) 27%

(e) 5%

(f) 12%

(g) 3%

(h) 7%


3. Indivíduo só, idade igual ou superior a 65:


(a) 24%

(b) 1%

(c) 4%

(d) 31%

(e) 9%

(f) 3%

(g) 4%

(h) 7%


4. Casal sem descendentes com ambos os membros de idade inferior a 65:


(a) 21%

(b) 3%

(c) 6%

(d) 22%

(e) 5%

(f) 16%

(g) 3%

(h) 6%


5. Casal sem descendentes; pelo menos um membro de idade igual ou superior a 65:


(a) 28%

(b) 2%

(c) 5%

(d) 24%

(e) 8%

(f) 12%

(g) 3%

(h) 7%


6. Casal com um descendente de idade igual ou inferior a 16:


(a) 17%

(b) 3%

(c) 7%

(d) 20%

(e) 4%

(f) 18%

(g) 3%

(h) 6%


7. Casal com dois descendentes de idade igual ou inferior a 16:


(a) 18%

(b) 3%

(c) 7%

(d) 18%

(e) 3%

(f) 19%

(g) 2%

(h) 6%


8. Casal com três ou mais descendentes de idade igual ou inferior a 16:


(a) 27%

(b) 3%

(c) 6%

(d) 20%

(e) 4%

(f) 10%

(g) 3%

(h) 5%


9. Agregado monoparental com crianças de idade igual ou inferior a 16:


(a) 22%

(b) 2%

(c) 7%

(d) 27%

(e) 5%

(f) 8%

(g) 4%

(h) 5%


10. Casal ou agregado monoparental com pelo menos uma criança com idade superior a 16 e igual ou inferior a 21:


(a) 19%

(b) 3%

(c) 7%

(d) 21%

(e) 5%

(f) 15%

(g)4%

(h) 5%


11. Outro tipo de agregado:


(a) 22%

(b) 3%

(c) 7%

(d) 19%

(e) 4%

(f) 17%

(g) 3%

(h) 5%


O VERDADEIRO SALÁRIO À HORA


Pedro Queiroga Carrilho calculou, para o seu caso pessoal (dele, autor do livro, empresário e conferencista) qual é que é mesmo o verdadeiro salário, depois de analisadas todas as variáveis que estão realmente presentes.


Folha de Vencimentos - 10 euros líquidos à hora



  • Trabalho Principal: 40 HORAS - 250 EUROS - 6,25 EUROS/hora (depois dos descontos)

  • Trabalho Extra: 6 HORAS - 37,5 EUROS

  • Deslocações/Gasolina: 5 HORAS - 15 EUROS

  • Estacionamento: 4 EUROS

  • Vestuário e Calçado: 10 EUROS

  • Barbear/Visual de Trabalho: 2,5 HORAS - 2,5 EUROS

  • Merenda meio manhã/lanches: 1,5 HORAS - 5 EUROS

  • Pequenas Refeições intermédias variadas: 15 EUROS

  • Almoço: 5 HORAS - 37,5 EUROS

  • Material necessário/portátil/telemóvel/agenda electrónica/etc: 2 EUROS

TOTAL: 60 HORAS / 121,5 EUROS / 2,03 EUROS/hora



Baseado em Texto de: VASCO VENTURA